terça-feira, 7 de julho de 2015

Tipos de garantias aos investidores em debêntures


Real: Garantida por bens do Ativo da companhia, especificados nos documentos de emissão. O valor de emissão é limitado a 80% dos bens dados em garantia, da companhia emissora ou de terceiros, quando o valor da emissão superar o capital social da companhia emissora.

Flutuante: A garantia flutuante assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo. O valor de emissão é limitado a 70% do valor contábil do ativo da companhia, diminuído do montante de suas dívidas garantidas por direitos reais.

Quirografária: Não oferece privilégio ou preferência sobre o ativo do emissor. O debenturista concorre em igualdade de condições com outros credores não preferenciais, em caso de falência da companhia. O valor de emissão limitado ao capital social integralizado da companhia emissora.  

Subordinada: Em caso de liquidação da companhia emissora, oferece preferência de pagamento apenas em relação ao crédito dos acionistas. Pertence a uma categoria inferior à quirografária e não tem limite de emissão.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Tipos de debêntures


Existem três tipos de debêntures: simples. conversíveis ou permutáveis. Quando uma debênture é simples, a escritura não prevê suaa conversão em ações, ao passo que um papel conversível pode ser "transformado" em ações de emissão da empresa, de acordo com as condições estabelecidas na escritura de emissão. Na debênture permutável, o investidor recebe por sua própria opção, ativos ou ações da empresa, como forma de pagamento, estabelecida na escritura de emissão. A escolha do tipo de debênture a se emitir é feita de acordo com os interesse da sociedade e dos investidores, prevendo ou não uma continuidade das relações entre as partes no futuro do negócio.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

O que é debênture?


Debênture é um título de crédito representativo de empréstimo que uma companhia faz junto a terceiros e que assegura a seus detentores direito contra a emissora, nas condições constantes da escritura de emissão. Para emitir uma debênture uma empresa tem que ter uma escritura de emissão, onde estão descritos todos os direitos conferidos pelos títulos, suas garantias e demais cláusulas e condições da emissão e suas características. A expressão inglesa derivada — debenture — é geralmente mais empregada no Brasil do que a sua correspondente francesa obligation, também adotada na legislação brasileira (como obrigações). 

Debêntures são certificados ou títulos de valores mobiliários emitidos pelas sociedades anônimas, representativas de empréstimos contraídos pelas mesmas, cada título dando, ao debenturista, idênticos direitos de crédito contra as sociedades, estabelecidos na escritura de emissão. A captação de recursos pela sociedade através de debêntures gera um lançamento contábil em seu ativo (caixa) e outro em seu passivo (circulante e/ou exigível a longo prazo). A finalidade desse tipo de financiamento é a de satisfazer, de maneira mais econômica, as necessidades financeiras das sociedades por ações, evitando, com isso, os contratempos das constantes e caras operações de curto prazo, junto ao mercado financeiro. Dessa forma, as sociedades por ações têm à sua disposição as facilidades necessárias para captação de recursos junto ao público, a prazos longos e juros mais baixos, com atualização monetária e resgates a prazo fixo ou mediante sorteio, conforme suas necessidades para melhor adequar o seu fluxo de caixa. Assim, uma vez identificada à necessidade de captação de recursos financeiros de terceiros, para concretização de investimentos e para o cumprimento de obrigações assumidas anteriormente, a administração da empresa levará ao Conselho de Administração ou à Assembleia Geral proposta para que seja contraído empréstimo público, normalmente a longo prazo, mediante a emissão de debêntures. O Conselho ou a Assembleia, obedecendo ao que dispuserem os estatutos, estabelecerá as características do empréstimo, fixando as condições de emissão, tais como: montante, número de debêntures, prazo, data de emissão, juros, deságio (desconto), amortizações ou resgates programados, conversibilidade ou não em ações, atualização monetária, e tudo o mais que se fizer necessário, deliberando a respeito. Uma vez aprovada a emissão de debêntures, cabe à administração da sociedade praticar todos os atos necessários para a efetivação do empréstimo, mediante a colocação dos títulos junto ao público, de forma a satisfazer as suas necessidades de recursos. 

Os debenturistas têm proteção legal por meio da escritura de emissão e do agente fiduciário. A escritura de emissão é um documento legal que especifica as condições sob as quais a debênture foi emitida, os direitos dos possuidores e os deveres da emitente. Trata-se de documento extenso contendo cláusulas padronizadas, restritivas e referentes à garantia. Da escritura constam, entre outras, as seguintes condições: montante da emissão; quantidade de títulos e o valor nominal unitário; forma; condições de conversibilidade; espécie; data de emissão; data de vencimento; remuneração; juros; prêmio; cláusula de aquisição facultativa e/ou resgate antecipado facultativo; condições de amortização. O agente fiduciário é uma terceira parte envolvida na escritura de emissão, tendo como responsabilidade assegurar que a emitente cumpra as cláusulas contratuais.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Novos empreendedores usam tecnologia para acelerar negócios


As startups, ou empresas nascentes, estão ganhando força no Brasil e buscam tecnologia da informação e comunicação (TIC) de baixo custo para serem eficientes e atrair investidores. Levantamento da Serasa Experian revela que foram abertos no primeiro semestre de 2014 um total de 944.678 novas empresas no País, com aumento de 4,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Muitos desses negócios, que exploram os mais variados segmentos da economia, são erguidos para operar no mundo digital, com escritórios virtuais que possam funcionar em qualquer lugar, sem restrição de horário. Segundo pesquisa da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), a nova geração de empresários inspira-se no modelo de empreendedores do Vale do Silício, na Califórnia (Estados Unidos), a meca dos negócios de TI. "Lá a cultura do empreendedor é de que basta ter acesso à internet e um local onde possam ficar seus dados e aplicações para começar a trabalhar. Esse modelo tem sido bastante disseminado no Brasil, principalmente por conta dos serviços novos de cloud computing [computação em nuvem]", diz Almir Meira Alves, professor e coordenador dos cursos de Engenharia da Computação e Engenharia de Produção 2.0 da Fiap. “As tecnologias atuais facilitam a gestão desses negócios, com comunicação para trabalho colaborativo, sem barreira física com suas equipes”, acrescenta Renato Fonseca, gerente da Unidade de Desenvolvimento e Inovação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em São Paulo (Sebrae-SP). Ele explica que as empresas conectadas contam com tecnologias que fortalecem o relacionamento com os clientes e disciplinam a gestão dos negócios

Novas tecnologias facilitam trabalho remoto nas empresas


Um paulistano gasta, em média, 2 horas e 46 minutos por dia no trânsito, de acordo com pesquisa divulgada pela ONG Nossa São Paulo. A rotina de trânsito e estresse se repete nas principais metrópoles brasileiras e tem estimulado empresas a aderirem ao trabalho remoto. Esse modelo permite que os executivos exerçam suas atividades de casa ou onde quer que estejam apoiados pelas novas tecnologias de comunicação colaborativa. O trabalho remoto é uma tendência global e começa a despertar mais interesse de empresas do Brasil. Relatório da consultoria Top Employers Institute com 20 companhias locais, que são referências nas melhores práticas em Recursos Humanos, apontou que 15% instituíram em 2014 o home office. Esse índice é mais que o dobro dos 6% reportados em 2013. Hoje há uma variedade de tecnologias para equipar o escritório virtual do trabalhador remoto, que vão dos dispositivos móveis com banda larga até os sistemas de telepresença para reuniões à distância. A Faculdade de Tecnologia Bandeirantes (BandTec), considera que a tendência do trabalho remoto está se fortalecendo com a computação em nuvem e com o conceito de PC virtual. Com essas tecnologias, as companhias podem transformar os computadores dos funcionários em desktop virtual, permitindo acesso de casa ou de onde estiverem, a seus e-mails e aplicativos. De acordo com Sandro Melo, coordenador do curso de redes de Computadores da BanTec, a vantagem é que as empresas centralizam os recursos de tecnologia da informação (TI) em um ambiente virtual, o que facilita na hora de atualizar as novas versões de software, realizar backups e fazer a manutenção dos sistemas. “É uma mudança que traz redução de custos operacionais”, analisa o professor.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Gestão da Qualidade Total


A Gestão da Qualidade Total, em inglês "Total Quality Management - TQM", consiste numa estratégia de administração orientada a criar consciência da qualidade em todos os processos organizacionais. É referida como "total", uma vez que o seu objetivo é a implicação não apenas de todos os escalões de uma organização, mas também da organização estendida, ou seja, seus fornecedores, distribuidores e demais parceiros de negócios. Compõe-se de diversos estágios, como por exemplo, o planejamento, a organização, o controle e a liderança. Um desenvolvimento posterior do conceito é o Seis Sigma. O conceito do TQM foi sendo desenvolvido por numerosos consultores empresariais norte-americanos tais como W. Edwards Deming, Joseph M. Juran e Armand V. Feigenbaum. Em 1961, Feigenbaum definia o TQC como um sistema eficaz que integra o desenvolvimento da qualidade, a manutenção da qualidade e os esforços de melhoria da qualidade entre os diferentes setores da empresa, com o objetivo de criar produtos/serviços com o máximo de economia e a plena satisfação dos consumidores. Mas foi no Japão (onde Deming e Juran trabalharam após a Segunda Guerra Mundial) que a Qualidade Total tomou o formato que influenciou os empresários do mundo todo. Shigeru Mizuno publicou o livro Company-Wide Total Quality Control, publicado pela Asian Productivity Organization em 1988, que teve milhares de edições vendidas no mundo todo. A Toyota, no Japão, foi a primeira organização a empregar o conceito de "TQM" (ver Toyotismo), superando a etapa do fordismo, onde esta responsabilidade era limitada apenas ao nível da gestão. No "TQM" os colaboradores da organização possuem uma gama mais ampla de atribuições, cada um sendo diretamente responsável pela consecução dos objetivos da organização. Desse modo, a comunicação organizacional, em todos os níveis, torna-se uma peça-chave da dinâmica da organização. Masao Namoto entrou na Toyota em 1943 e foi nomeado presidente da Toyoda Gosei (Conglomerado Toyota) em 1982. Em 1985 a empresa ganhou o Prêmio Deming (prêmio japonês) de gestão de qualidade. Em 1987, Nemoto teve dois livros publicados em inglês com o título Total Quality Control for Management - Strategies and Techniques from Toyota and Toyoda Gosei. Nemoto combinara o sistema de produção da Toyota (com o sistema Kanban e o just-in-time), os conceitos de qualidade e sua filosofia gerencial que resume em dez princípios. Tem sido amplamente utilizada, na atualidade, por organizações públicas e privadas, de qualquer porte, em materiais, produtos, processos ou serviços. 

A conscientização e a busca da qualidade e do reconhecimento da sua importância, tornou a certificação dos sistemas de gerenciamento da qualidade indispensável uma vez que: 
- Aumenta a satisfação e a confiança dos clientes; 
- Aumenta a produtividade; 
- Reduz os custos internos; 
- Melhora a imagem e os processos de modo contínuo; 
- Possibilita acesso mais fácil a novos mercados. 

A certificação permite avaliar as conformidades determinadas pela organização através de processos internos, garantindo ao cliente um material, processo, produto ou serviço concebido conforme padrões, procedimentos e normas. Uma organização que se propõe a implementar uma política de gestão voltada para a "qualidade total" tem consciência de que a sua trajetória deve ser reavaliada periodicamente. O objetivo último das organizações humanas é assegurar a sobrevivência da espécie. Por analogia, a finalidade última de qualquer organização, nomeadamente de uma do tipo empresarial é sobreviver. A condição “sine qua non” para que uma empresa possa executar os objetivos pretendidos pelos seus proprietários, administradores ou acionistas é que ela exista, que esteja viva. Caso esta condição não se verifique, nenhum dos objetivos pode ser perseguido, muito menos alcançado. A gestão da qualidade aponta para a preferência do consumidor, o que aumenta a produtividade, levando a uma maior competitividade e assegurando a sobrevivência das empresas. Podemos definir qualidade de inúmeras formas. Podemos considerar que é um atributo essencial e diferenciador de alguma coisa ou de alguém, como uma medida de valor ou excelência, como a adequação ao uso, tal como J.M.Muran a definiu, como “conformidade com as situações, nas palavras de P.B.Crosby, ou ainda, usando as palavras de Vicente Falconi, “um produto ou serviço com qualidade é aquele que atende sempre perfeitamente e de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”. 

Os princípios básicos da qualidade total são: 
- Produzir bens ou serviços que respondam concretamente às necessidades dos clientes; 
- Garantir a sobrevivência da empresa por meio de um lucro continuo obtido com o domínio da qualidade; 
- Identificar o problema mais crítico e solucioná-lo pela mais elevada prioridade (Pareto); 
- Falar, raciocinar e decidir com dados e com base em factos; 
- Administrar a empresa ao longo do processo e não por resultados; 
- Reduzir metodicamente as dispersões por meio do isolamento das causas fundamentais; 
- O cliente é Rei. Não se permitir servi-lo se não com produtos de qualidade; 
- A prevenção deve ser a tão montante quanto possível; 
Na lógica anglo-saxônica de “trial and error”, nunca permitir que um problema se repita.

A lógica para que as empresas se possam desenvolver de acordo com estes pressupostos é a lógica do PDCA (Plan; Do; Check; Act to correct)