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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Após máximas, preço do boi recua 5% nos primeiros dias de dezembro com pressão de consumidores


O preço da arroba do boi gordo recuou 5,14% nos primeiros dias de dezembro, com duas baixas seguidas após máximas históricas no Brasil, com as cotações sendo pressionadas por consumidores que estão buscando opções de carne mais barata, informou nesta terça-feira (3) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea). A cotação no mercado físico paulista apresentou recuo de 3,67%, a R$ 219,45 por arroba (equivalente a 15 kg), segundo indicador Esalq/B3, apurado pelo Cepea. Na segunda-feira (2), o preço da arroba caiu 1,53%, após máxima histórica de 231,35 reais no último dia útil de novembro, acumulando alta de 35,5% no mês passado. "Quando tem alta muito brusca do preço, no boi gordo e na carne, tem que olhar a outra ponta, principalmente o mercado consumidor interno. Ele se assustou, é natural, e tem proteínas mais baratas, então realmente tem um efeito da demanda e da renda também", explicou o analista do Cepea Thiago de Carvalho. Ele citou que os consumidores receberam a primeira parcela do décimo terceiro, que a economia está melhorando, mas como o preço subiu muito, isso segurou o consumo. "O preço alto do boi reduz margem para o frigorífico e para o varejo. A carne da classe A e B continua com margem, mas a classe C e D quer preço, e essa alta assusta. Tem dono de lanchonete que cogita tirar o coxão mole do cardápio", completou.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Alta no preço da carne bovina no Brasil é 'inevitável' com ritmo acelerado de exportação, dizem frigoríficos


O aumento nos preços da carne bovina no Brasil é inevitável, considerando a forte demanda externa e a oferta restrita da proteína no país, disse nesta terça-feira (29) a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). De acordo com nota da entidade, o crescimento das exportações puxou a alta nos preços, com as firmes compras de China e Rússia fazendo com que a parcela dos embarques do produto ultrapassasse os tradicionais 20% da produção local. "É uma situação de mercado, que fortalece todo o setor da pecuária e sua cadeia produtiva... e que é inevitável diante da procura pelo produto brasileiro", disse o presidente-executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar, no comunicado. O mercado de boi tem refletido a alta demanda para a exportação. Recentemente, os preços em São Paulo atingiram máximas nominais, de R$ 166,50 por arroba, superando recordes de abril de 2016, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Além de russos e chineses, que vêm realizando a habilitação de mais frigoríficos brasileiros para exportação, novos mercados ganharam espaço no setor de carnes do país, como Turquia e Indonésia. A Abrafrigo destacou que os movimentos de altas dos preços ganharam força em agosto e atingiram um ponto irreversível em outubro. "Neste espaço de tempo de três meses os preços da carne bovina evoluíram 25% e não há como deixar de repassar estas elevações ao consumidor, pelo menos enquanto a oferta de bois continuar restrita", afirmou Salazar. Ele prevê que a restrição da oferta se mantenha "por algum tempo, como consequência do aumento das exportações". No acumulado de janeiro a setembro de 2019, os embarques de carne bovina do Brasil somaram 1,2 milhão de toneladas, alta de 9,2% em relação a igual período do ano anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).