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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

BNDES estima R$ 15,9 bilhões em investimento privado em saneamento em 5 anos


O chefe do Departamento de Estruturação de Parcerias 1 do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guilherme Albuquerque, afirmou que os projetos do banco para a atração de capital privado para saneamento em Estados e municípios preveem investimentos de R$ 61,7 bilhões ao longo dos próximos 35 anos. Desse montante, R$ 15,9 bilhões estão previstos para os primeiros cinco anos. Saneamento básico: maior parte das grandes cidades reinveste menos de 30% do que arrecada Albuquerque apresentou o trabalho do BNDES na área em evento nesta sexta-feira (6), na sede da instituição, no Rio. Ele é um dos responsáveis pela modelagem de projetos para a concessão dos serviços de água e esgoto junto a prefeitos e governadores. Segundo o técnico, a expectativa é que a participação privada aumente os investimentos no setor em mais de quatro vezes, levando em conta o montante despendido entre 2013 e 2017. O especialista do BNDES afirmou que o corpo técnico do banco está convencido da possibilidade de êxito na atração de capital privado para a área. Mas acrescentou que isso exige longa preparação de projetos, que estão mais adiantados em Estados como Acre, Amapá e Rio de Janeiro. Segundo o BNDES, dos 445 municípios onde os estudos foram iniciados, apenas 84 tinham planos municipais de saneamento publicados e, ainda assim, quase todos precisaram ser “ajustados ou refeitos”. Do ponto de vista financeiro, afirmou, havia inadimplência variando de 9% a 50% entre os consumidores dos serviços, e alto nível de endividamento - o que impossibilitaria investimentos necessários à “continuidade operacional” dos negócios, observou.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

BNDES diz à JBS que pretende vender ações da companhia


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu, nesta terça-feira (19), o primeiro passo para vender as ações que possui da JBS. O banco estatal detém uma participação de aproximadamente 22% na companhia. A JBS divulgou que recebeu comunicado da BNDESPar, braço de investimento em participações do banco estatal, informando que tem intenção de vender ações da JBS, potencialmente por meio de uma oferta pública (follow-on), com esforços restritos de colocação no Brasil e no exterior. A oferta deve ficar em torno de R$ 4,6 bilhões, considerando a cotação atual do papel, disse uma fonte ao Valor. O plano inicial é efetivar a operação até, no máximo, 20 de dezembro. “Só fica para janeiro se não houver condições de mercado”, disse a fonte. A oferta de tranche das ações da JBS pelo BNDES foi antecipada pelo Valor em 6 de novembro. Naquela data, o Valor informou que o presidente do banco, Gustavo Montezano, queria a definição e preparo da oferta até dia 18 de novembro (prazo que foi cumprido à risca), para efetivá-la até 20 de dezembro. O volume a ser vendido agora é o excedente de ações que não está vinculado ao acordo de acionistas entre BNDESPar e JBS. O acordo é válido até 31 de dezembro. Se houver postergação da oferta para o ano que vem, o banco já terá todas as ações desembaraçadas e pode rever a quantidade ofertada. “A BNDESPar também informou ter iniciado estudos para detalhar as possíveis estruturas e características da transação, incluindo a quantidade de ações e o cronograma tentativo, os quais afirmou que serão oportunamente definidos e comunicados à companhia”, diz o comunicado da JBS. O braço de investimentos do BNDES escolheu como assessores financeiros da operação o Bradesco BBI (líder do sindicato), BTG Pactual, Bank of America Merrill Lynch, Itaú BBA e UBS. Participaram da disputa do sindicato do follow-on os bancos que estiveram entre os 10 maiores no ranking de emissão de ações nos últimos três anos, conforme regra de cadastro do BNDES. No entanto, alguns bancos americanos ficaram de fora porque seguem a lei anticorrupção dos Estados Unidos. Na interpretação de algumas instituições, operações envolvendo a JBS ainda estão restritas, uma vez que a companhia não fechou ainda acordo com o Departamento de Justiça (DoJ) americano. O único banco americano que entrou no sindicato, assim mesmo na linha de apoio, foi o Bank of America. No entendimento da instituição, conforme uma fonte, a restrição não se aplica por se tratar de oferta secundária de acionista não ligado à família Batista, fundadora da JBS.