Brasil e Paraguai fecharam nesta quinta-feira (5) um acordo automotivo para liberar o comércio de veículos e autopeças entre os dois países. O processo foi concretizado no último dia da cúpula do Mercosul, em Bento Gonçalves (RS).
Um acordo do mesmo tipo foi assinado em junho com a Argentina e já existe um anterior a esse com o Uruguai.
O processo com o Paraguai foi acertado em meio à forte queda nas compras de veículos brasileiros pela Argentina, principal mercado do setor para o Brasil.
"Nós defendemos mais acordos, com mais países, porque isso aumenta a competitividade de exportação da indústria, e também de importação. O mercado paraguaio é pequeno, mas é benéfico para conseguirmos mais negócios", disse Luiz Carlos Moraes, presidente da associação das montadoras, a Anfavea, ao G1.
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terça-feira, 10 de dezembro de 2019
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Brasil implementa cota de importação de 750 mil toneladas de trigo sem tarifas por ano
O Brasil implementou uma cota de importação de 750 mil toneladas de trigo por ano sem tarifas, em medida que valerá por prazo indeterminado, informou nesta quarta-feira (6) o Ministério da Agricultura.
A cota com tarifa zero para o trigo foi anunciada em março quando o presidente Jair Bolsonaro visitou a Casa Branca, o que gerou preocupação na tradicional fornecedora do país, a Argentina, parceira brasileira no Merscosul. Mas somente agora a medida foi publicada.
A associação do setor, Abitrigo, disse anteriormente que a medida deve beneficiar principalmente produtores nos Estados Unidos, Canadá e Rússia.
O Brasil, um dos maiores produtores agrícolas do mundo, é um importador líquido de trigo, uma vez que o cereal se desenvolve melhor em países com clima temperado.
O país produz cerca de 5 milhões de toneladas de trigo por ano, frente a um consumo total de quase 12 milhões de toneladas, o que exige importações anuais ao redor de 7 milhões de toneladas.
A maior parte desse volume vem da vizinha e parceira de Mercosul, Argentina, que por anos se beneficiou da tarifa zero aplicada a membros do mercado comum.
Os Estados Unidos têm sido um fornecedor regular de trigo para o Brasil, mas em uma escala bem menor. A Rússia também tem avaliado o mercado e já enviou um ou dois navios com cargas do cereal recentemente.
Segundo a Abitrigo, a medida provavelmente será aplicada a partir do próximo ano e a publicação nesta semana veio antes do esperado.
A medida vem pouco após a eleição na Argentina do candidato de esquerda e peronista Alberto Fernandez à presidência. Fernandez vem sendo duramente criticado pelo presidente Bolsonaro.
Mais cedo, o Ministério da Agricultura afirmou que a cota concretiza um compromisso assumido pelo país junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) e que a implementação foi aprovada em reunião do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) na terça-feira.
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