quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

EUA e China devem assinar fase um de acordo comercial no início de janeiro, diz secretário do Tesouro


O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou nesta quinta-feira (19) estar "muito confiante" de que os EUA e a China assinarão a chamada fase um do pacto comercial no início de janeiro. Segundo ele, o texto do acordo foi totalmente concluído e está passando por uma "enxugada" técnica. Mnuchin, falando na CNBC, disse que o acordo comercial já havia sido colocado no papel e traduzido e que não está sujeito a nenhuma renegociação, segundo a Reuters. Na última sexta-feira, China e Estados Unidos concordaram sobre a primeira fase de negociações comerciais entre os dois. Com isso, os dois países suspenderam a aplicação de novas tarifas sobre importações que deveriam ter entrado em vigor no último domingo (15). Na ocasião, em pronunciamento à imprensa, o vice-ministro de comércio chinês, Wang Shouwen, afirmou que os EUA concordaram em reduzir gradativamente as tarifas adicionais impostas aos produtos chineses. A China, por sua vez, deve ampliar a proteção aos interesses empresariais estrangeiros em seu território. O país também se comprometeu a incrementar a importação de energia e produtos agrícolas (incluindo trigo e milho) e farmacêuticos, além de serviços financeiros dos EUA. O país asiático não informou os valores e volumes dessas compras. Segundo o representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer, no entanto, a China concordou em comprar US$ 32 bilhões de dólares em produtos agrícolas adicionais ao longo de dois anos. Alguns analistas duvidam que a China possa conseguir um aumento tão dramático nas compras agrícolas. Por exemplo, a demanda por soja – importante produto dos EUA usado para alimentação animal – está em queda devido à febre suína africana no país. Isso também torna improvável um grande aumento de compras de milho, disseram eles. Em uma rede social, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os dois países concordaram com uma "grande primeira fase" do acordo. Embora tenham sido suspensas as tarifas que entrariam em vigor neste domingo, as já existentes de 25% "continuarão como estão", afirmou Trump. Essas tarifas são aplicadas a cerca de US$ 250 bilhões em produtos chineses. Outros cerca de US$ 120 bilhões serão taxados a 7,5%. Segundo Trump, a China concordou com "muitas mudanças estruturais" e "compras maciças" de produtos dos EUA. "Vamos começar as negociações da segunda fase imediatamente, em vez de esperar até depois das eleições de 2020", afirmou o presidente norte-americano.

Fusão de Fiat Chrysler e Peugeot forma o maior grupo do Brasil em vendas com 20,5% do mercado


Fiat Chrysler (FCA) e Peugeot Citroën (PSA) anunciaram a sua esperada fusão, o que criou o 4º maior grupo automotivo do mundo. O processo de união levará meses e muitas questões ainda estão sem reposta, mas, no Brasil, o novo grupo já é o líder de vendas com mais de 20,5% do mercado de automóveis e comerciais leves (picapes e furgões). Ao somar os emplacamentos de Fiat, Jeep, RAM, Peugeot, Citroën, o conglomerado obteve 494.725 unidades emplacadas entre janeiro e novembro de 2019, de acordo com números da associação das concessionárias, a Fenabrave. Ao analisar somente a FCA, a montadora já estava na liderança do setor, com 18,8% do mercado, mas com a adição do portfólio da PSA, a vantagem sobre GM e Volkswagem fica ainda maior. As fabricantes ainda não deram detalhes de como a fusão vai impactar as operações brasileiras, e a PSA afirmou que ainda não é possível prever efeitos no mercado brasileiro, reforçando que o prazo para concluir a fusão é de até 15 meses. A Fiat Chrysler tem duas fábricas no país, uma em Betim (MG) – a maior do Brasil – e outra em Goiana (PE). A PSA produz carros em Porto Real (RJ). Para o economista Antonio Jorge Martins, especialista em gestão estratégica de empresas automotivas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a união das empresas é uma maneira de buscar competitividade. "Não imagino que tenham demissões, ao menos no primeiro momento. A ideia é maximizar a produção atual", apontou Martins. No comunicado conjunto de FCA e PSA, sobre as operações globais, as empresa afirmaram que não são considerados fechamentos de fábricas. No anúncio global da fusão, o executivo-chefe da Peugeot, Carlos Tavares, ressaltou a importância de utilizar os pontos fortes de cada uma das empresas "É melhor estarmos juntos do que como duas empresas sozinhas, para enfrentar os desafios que temos à frente", disse. Tavares afirmou que FCA e PSA são "complementares" e se beneficiarão pela força de cada uma em diferentes mercados. Enquanto a FCA utilizará da forte presença da PSA na Europa, a PSA buscará oportunidades pela sólida posição da FCA nos Estados Unidos e América Latina.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Bovespa opera em alta e supera 113 mil pontos pela 1ª vez


O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta segunda-feira (16), com o Ibovespa superando os 113 mil pontos pela primeira vez, com os investidores ainda absorvendo a consolidação de um acordo comercial preliminar entre os Estados Unidos e a China. Às 13h57, o Ibovespa subia 0,48%, aos 113.100 pontos. Na máxima até o momento chegou aos 113.196– nova máxima intradia. Veja mais cotações. Na sexta-feira, a bolsa fechou em alta de 0,33%, aos 112.564 pontos, renovando máxima de fechamento. Na semana, acumulou alta de 1,24%. No ano, o avanço é de 28,01%. Em nota a clientes, a XP Investimentos destacou que o otimismo é ajudado por esperanças de que o acordo comercial parcial anunciado na sexta-feira entre China e EUA diminua um dos principais riscos para as economias globais. No domingo, a China suspendeu tarifas adicionais sobre alguns bens norte-americanos previstas para vigorar em 15 de dezembro, enquanto o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, disse que o acordo de fase 1 entre os dois países está concluído, restando apenas traduções e revisões de texto. Ainda no exterior, os desempenhos da indústria e do varejo da China superaram as expectativas em novembro, com a produção industrial crescendo 6,2% sobre o ano anterior e as vendas no varejo avançando 8,0% na mesma base de comparação. "Em dia de vencimento de opções, o mercado reflete o bom ambiente externo e sem nenhum pauta política relevante", acrescentou a Elite Investimentos, em nota a clientes. Do noticiário doméstico, pesquisa Focus do Banco Central mostrou melhora marginal nas previsões de economistas para o crescimento do PIB este ano – de 1,10% a 1,12% – e em 2020 – de 2,24% para 2,25%.

Governo brasileiro estudará até 2022 como abrir mercado livre de energia a consumidor residencial


O governo decidiu determinar a realização até o início de 2022 de estudos sobre a ampliação para todos consumidores do chamado mercado livre de eletricidade, no qual grandes clientes podem negociar o suprimento diretamente com geradores e comercializadoras, ao invés de serem atendidos compulsoriamente por concessionárias de distribuição. Os estudos sobre medidas necessárias à abertura deverão ser apresentados até o final de janeiro de 2022 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), segundo portaria do Ministério de Minas e Energia no Diário Oficial da União desta segunda-feira. A medida ainda define que haverá redução gradual, a partir de 2021, de requisitos para que empresas passem a operar com maior flexibilidade no mercado livre de eletricidade. Pelas regras atuais, podem atuar no mercado livre apenas consumidores com carga de energia a partir de 0,5 megawatt, mas esses clientes são conhecidos como "consumidores especiais" e só podem comprar energia de fontes renováveis, conhecida como "energia incentivada". Os consumidores deixam a categoria "especial" e podem negociar com maior liberdade no mercado livre elétrico quando possuem carga acima de 2,5 megawatts, um patamar que já estava previsto para cair a 2 megawatts a partir de janeiro de 2020. Pela portaria publicada nesta segunda-feira, ficam previstos novos cortes futuros no patamar mínimo de carga para que um consumidor livre deixe de ser considerado "especial". O cronograma prevê adoção de patamar mínimo de 1,5 megawatt a partir de janeiro de 2021. Haverá nova redução a partir de janeiro de 2022, para patamares a partir de 1 megawatt, e outra a partir de janeiro de 2022, para cargas a partir de 0,5 megawatt. A proposta resultante desses trabalhos deverá prever um cronograma de abertura com início a partir de janeiro de 2024, de acordo com a medida do Ministério de Minas e Energia. A proposta de redução de limites para operação no mercado livre havia sido colocada em consulta pública pela pasta em agosto. Atualmente, operam no mercado livre elétrico principalmente indústrias e empresas com grande demanda, incluindo redes de shoppings, supermercados e hotéis, por exemplo. A aprovação de novos limites para o mercado, no entanto, pode levar a um rápido crescimento de seus volumes. A consultoria especializada PSR apontou em outubro que uma abertura poderia levar o mercado livre a inverter a atual proporção e responder por mais de 50% da demanda já em meados da próxima década.

Preços do petróleo sobem perto de máxima de 3 meses após acordo comercial EUA-China


Os contratos futuros do petróleo operavam perto de máximas de três meses nesta segunda-feira (16), apoiados pelo anúncio na semana passada de que um acordo comercial "fase um" foi alcançado entre Estados Unidos e China. O petróleo Brent subia 0,18 dólar, ou 0,28%, a US$ 65,4 por barril, às 9h40 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos era negociado estável, a US$ 60,07. Os Estados Unidos e a China anunciaram na sexta-feira um acordo de "fase um" que reduzirá algumas tarifas dos EUA em troca do que as autoridades norte-americanas disseram que seria um grande salto nas compras chinesas de produtos agrícolas e outros bens dos EUA. "O que o mercado precisa agora, porém, é de clareza sobre exatamente o que o acordo implica", disseram analistas da ING Economics. "Quanto mais tivermos que esperar por esses detalhes, maior a probabilidade de os participantes do mercado começarem a questionar o quão bom é o acordo." O acordo de sexta-feira evitou tarifas adicionais sobre mercadorias chinesas no total de 160 bilhões de dólares que os Estados Unidos deveriam impor no fim de semana. O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, disse no domingo que o acordo quase dobrará as exportações dos EUA para a China nos próximos dois anos e foi "totalmente concluído", apesar da necessidade de tradução e revisão do texto. "Parece que o mercado agora precificou totalmente o acordo comercial da primeira fase, portanto, precisaremos de mais notícias se quisermos superar a importante resistência (técnica) que está à frente", disse Michael McCarthy, estrategista-chefe de mercado na CMC Markets.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Setor de serviços cresce 0,8% em outubro e tem 2ª alta seguida, diz IBGE


O volume do setor de serviços cresceu 0,8% outubro, na comparação com setembro, segundo divulgou nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com outubro do ano passado, a alta foi de 2,7%. Trata-se da segunda alta seguida e o 6º resultado mensal positivo no ano. Foi também o melhor resultado para meses de outubro desde 2012, quando houve alta de 1%. Das 27 unidades da federação, 22 registraram alta em outubro, na comparação com setembro, com destaque para Rio de Janeiro (2%), São Paulo (0,5%) e Santa Catarina (3,7%). Já as maiores quedas ocorreram em Roraima (-7,9%), Acre (-4,5%) e Tocantins (-1,9%). No ano, o setor passou a acumular avanço de 0,8%. No acumulado em 12 meses, o setor mostrou ganho de ritmo, ao passar de uma alta de 0,7% em setembro para 0,8% em outubro, mas ainda segue abaixo do nível registrado em julho, quando acumulava alta de 0,9%. Segundo o IBGE, o setor de serviços assinala um crescimento acumulado de 3% entre julho e outubro deste ano, revertendo a perda de 1,8% observada no período entre janeiro e junho de 2019 e avançando 1,2% frente ao patamar de dezembro de 2018. Segundo o pesquisador, essa é a primeira vez em que se percebe um movimento mais claro de recuperação do setor. “Entre março de 2017 e meados deste ano, o que a gente observava era que o setor de serviços oscilava entre perda e ganho [crescia em um mês, caía no outro]. Agora, podemos dizer que nesses últimos quatro meses ele recuperou 3 anos e 3 meses”, disse.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Produção de etanol do Brasil bate recorde anual meses antes do fim da safra


A produção de etanol de cana e milho do centro-sul do Brasil registrou um novo recorde na temporada 2019/20, meses antes do final oficial do ciclo, em março, com usinas ampliando a produção em detrimento do açúcar, informou nesta terça-feira (10) a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Colaboraram para o recorde uma moagem de 5% maior no acumulado da safra até o final de novembro, para 575,3 milhões de toneladas, além de um crescimento da produção de etanol de milho, destacou a Unica. No acumulado da safra 2019/2020, as usinas da região centro-sul fabricaram 31,72 bilhões de litros de etanol, sendo 30,83 bilhões de litros do biocombustível de cana e 889,75 milhões de litros feitos a partir do milho. Na safra passada (o recorde anterior), a produção total de etanol de cana na temporada somou 30,16 bilhões de litros, e a de milho, de uma indústria em ascensão, 791,4 milhões de litros. Ainda que atualmente já não exista muita cana disponível nos campos, o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, disse que até o final de dezembro a moagem pode alcançar 580 milhões de toneladas. "Mas o resultado da atual temporada depende do volume a ser processado entre janeiro e março de 2020", destacou ele. Até 1º de dezembro, 196 unidades haviam encerrado suas atividades na temporada atual, contra 137 até a mesma data de 2018. Para dezembro, a expectativa da Unica é de que 67 unidades finalizem suas operações: 42 na primeira quinzena e 15 usinas na última quinzena do mês.

Após contrato com a Vans, Arezzo quer se tornar uma 'casa de marcas'


Depois de assinar contrato com a VF Corporation para representar a Vans no Brasil, a Arezzo & Co. enxerga oportunidade para trazer novas marcas à companhia, disse Aline Penna, diretora de relações com investidores, em evento com acionistas. Segundo Penna, entre as prioridades após a assinatura de contrato envolvendo Vans está a reposição automática dos produtos. A executiva comentou que na Arezzo & Co. existe espaço para abrigar marcas sustentáveis e produtos com mais design. O contrato com a VF tem duração de cinco anos, a partir de janeiro de 2020, podendo ser estendido por mais dois anos. Mas a diretora de relações com investidores comentou que normalmente os relacionamentos da controladora com as representantes costumam durar mais tempo, cerca de 20 anos. Em outubro, Alexandre Birman, presidente da companhia, disse ao Valor que a partir de 2020 serão abertas duas lojas-conceito da marca, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. A intenção é anunciar também um modelo de franquias. Uma das estratégias é levar a marca Vans para as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste a partir de 2020. Segundo Maíra Anastassakis, diretora da Vans no Brasil, a marca “não vende muito” nestas regiões. Em janeiro do próximo ano, a companhia será responsável pela operação da Vans. Durante evento para investidores, Maíra afirmou que o processo de integração das empresas já está em andamento. Os funcionários estão sendo treinados e o levantamento do estoque está em andamento. “Temos oportunidade para crescer no ‘e-commerce’, que representa 13% das vendas deste negócio”, disse a diretora. As lojas físicas têm receita equivalente a 60% de um ponto de venda da marca Arezzo, sendo que uma fatia de 70% das vendas da Vans está concentrada em produtos clássicos do portfólio. A VF Corporation tem meta de ampliar suas vendas globais de US$ 3 bilhões, em 2018, para montante de US$ 5 bilhões em 2023. “A contribuição da operação brasileira será importante nesta meta”, disse Penna. As vendas da Vans no país movimentam cerca de R$ 200 milhões ao ano.

Ações da petroleira saudita Aramco sobem 10% no primeiro dia de cotação em bolsa


As ações da petroleira saudita Aramco dispararam 10% nesta quarta-feira (11), o máximo diário permitido, o que eleva a avaliação da empresa a US$ 1,88 trilhão, na maior Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) da história. As ações subiram 3,2 riais (US$ 0,85) nos primeiros segundos de cotação e alcançaram 35,2 riais (US$ 9,4), o transforma a Aramco na empresa cotada em Bolsa mais valiosa do mundo. A entrada na Bolsa da Aramco deve tornar o Tadawul, o índice de referência da Bolsa da Arábia Saudita, em um dos 10 principais do mundo. Nos primeiros segundos de cotação foram disponibilizadas ao mercado 16 milhões de ações. A Aramco levantou um recorde de 25,6 bilhões de dólares com seu IPO na semana passada, após anos de esforços do príncipe Bin Salman para abrir a companhia para investidores e obter recursos para ajudar a diversificar a economia saudita para além do petróleo. A empresa descartou ofertas em Nova York e Londres após estrangeiros criticarem a avaliação e levantarem dúvidas sobre a transparência corporativa. Ao invés disso, a empresa focou no mercado de Riad, para investidores sauditas e abastados aliados do Golfo Pérsico. A petroleira é a empresa mais lucrativa do mundo, com dividendos (remuneração aos acionistas) planejados de US$ 75 bilhões no próximo ano, mais de cinco vezes o da Apple. A negociação das ações é uma aposta diante da perspectiva de que a demanda global por petróleo desacelere a partir de 2025, devido a medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e o aumento do uso de veículos elétricos. O IPO envolve risco político, já que o governo saudita, que depende da Aramco para a maior parte de seu financiamento, continuará a controlar a empresa.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Brasil e Paraguai fecham acordo automotivo em cúpula do Mercosul


Brasil e Paraguai fecharam nesta quinta-feira (5) um acordo automotivo para liberar o comércio de veículos e autopeças entre os dois países. O processo foi concretizado no último dia da cúpula do Mercosul, em Bento Gonçalves (RS). Um acordo do mesmo tipo foi assinado em junho com a Argentina e já existe um anterior a esse com o Uruguai. O processo com o Paraguai foi acertado em meio à forte queda nas compras de veículos brasileiros pela Argentina, principal mercado do setor para o Brasil. "Nós defendemos mais acordos, com mais países, porque isso aumenta a competitividade de exportação da indústria, e também de importação. O mercado paraguaio é pequeno, mas é benéfico para conseguirmos mais negócios", disse Luiz Carlos Moraes, presidente da associação das montadoras, a Anfavea, ao G1.

Indicador da FGV que mede tendência de emprego atinge maior nível desde abril


O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu em novembro para o nível mais alto em sete meses, sugerindo recuperação gradual do mercado de trabalho, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve alta de 2,6 pontos em relação ao mês anterior, indo a 88,4 pontos, maior nível desde abril, quando tocou os 92,5 pontos. Na média móvel trimestral, o indicador aumentou 0,5 ponto em relação ao mês anterior, e por isso a FGV destacou que o avanço não significa recuperação total do mercado de trabalho brasileiro. "A virtual estabilidade do indicador em médias móveis trimestrais, pelo segundo mês consecutivo, reforça o cenário de dificuldades de avanços mais expressivos do mercado de trabalho, sugerindo continuidade da recuperação em ritmo gradual", disse em nota o economista Rodolpho Tobler. Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, apresentou alta de 3,1 pontos em novembro, para 96,1 pontos. O comportamento do ICD é semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. “Depois de cinco meses, o ICD voltou a ficar acima dos 95 pontos. O patamar elevado do indicador e a piora observada em novembro sugerem que ainda há um longo caminho para reduções em ritmo mais forte da taxa de desemprego”, completou Tobler em nota. A quantidade de pessoas que trabalham por conta própria e sem carteira assinada no Brasil renovou o recorde histórico de acordo com dados do IBGE, ajudando a baixar a taxa de desemprego para o menor nível do ano no trimestre encerrado em outubro, de 11,6%.

Proibição da OMC de tarifas para comércio digital é prorrogada até junho de 2020


Os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) concordaram nesta terça-feira (10) em renovar por seis meses uma moratória de 20 anos sobre a fixação de tarifas no comércio digital, aliviando temores de que as pessoas teriam que pagar impostos sobre e-books e softwares pela primeira vez. A moratória do comércio digital, estimada em 225 bilhões de dólares por ano, está em vigor desde 1998, mas deveria expirar em dezembro e exigia unanimidade na OMC para renovação. "Os membros concordam em manter a prática atual de não impor taxas alfandegárias às transmissões eletrônicas até a 12ª Conferência Ministerial", afirmou a decisão do Conselho Geral, referindo-se a uma reunião da OMC no Cazaquistão que vai acontecer em junho. A decisão foi tomada depois de negociações que foram até tarde da noite na segunda-feira, disseram duas autoridades comerciais. John Denton, secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional, comemorou a decisão e disse que ela indica "o valor contínuo da OMC como um fórum para a formulação de políticas comerciais multilaterais", depois que os membros não conseguiram resolver uma crise em seu principal tribunal na segunda-feira.

Conab eleva previsão de safra de soja do Brasil em 2019/2020


A produção brasileira de soja na temporada 2019/2020 foi estimada nesta terça-feira (10) em 121,09 milhões de toneladas, de acordo com o terceiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que em novembro esperava uma safra de 120,86 milhões de toneladas. Se confirmada a previsão, a produção brasileira da oleaginosa atingirá um novo recorde, com aumento de 5,3% ante a temporada passada.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Após sequência de recordes, Bovespa abre a semana em alta


O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em leve alta nesta segunda-feira (9), após renovar recordes na semana passada e fechar pela primeira vez acima dos 111 mil pontos. Às 13h46, o Ibovespa subia 0,16%, a 111.306 pontos. Entre os destaques do dia, Gol avançava mais de 4% após apresentar à sua controlada Smiles nova proposta de reorganização societária do grupo que prevê incorporação das ações da empresa de programas de fidelidade. Já o papel da Smiles subia mais de 18%. Na sexta-feira, a bolsa fechou em alta de 0,46%, a 111.125 pontos, renovando recorde de fechamento pelo terceiro pregão seguido. O índice acumulou alta de 2,67% na semana e de 26,44% no ano. Na cena local, o foco da semana está na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decidirá nesta quarta-feira sobre a taxa básica de juros, atualmente em 5%. O mercado segue prevendo também mais um corte nos juros, com a Selic encerrando 2019 em 4,5% ao ano. Para o fim de 2020, a projeção continua em 4,5% ao ano. Também na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) se reúne e a expectativa é de manutenção dos juros na faixa entre 1,5% e 1,75%. Analistas avaliam que o Ibovespa está permanece em tendência de alta. "Temos um potencial enorme para absorver os benefícios de um juro estruturalmente baixo e as empresas estão apenas retomando o ciclo de expansão de lucros", escreveu em relatório a clientes a corretora Rico.

Ações da Smiles disparam após oferta de reestruturação apresentada pela Gol


As ações da Smiles disparavam quase 20% nesta segunda-feira (9), após a sua controladora, a companhia aérea Gol propor uma reestruturação societária que prevê a incorporação dos papéis da empresa de fidelidade de clientes, com prêmio de cerca de 25% ante o fechamento de sexta-feira. Às 10h42, os papéis da Smiles subiam 17,3%, a R$ 37,24, maior alta do Ibovespa, que tinha oscilação positiva de 0,08%. Na máxima até o momento, Smiles chegou a R$ 38,19 reais. Gol PN tinha alta acima de 3%. Apesar da forte valorização, a cotação ainda está abaixo do valor de pouco mais de um ano atrás, quando a Gol apresentou a primeira proposta de reorganização, mas sem divulgar o valor da operação. Daquela data, em meados de outubro, até o pregão de sexta-feira, a ação da Smiles acumulou queda de quase 36%. A relação de troca proposta é de que cada ação ordinária de Smiles corresponda a 0,6319 ação preferencial da GOL e a R$ 16,54 como valor de resgate. Além desta relação de troca base, a Gol oferece uma opcional, de 0,4213 ação preferencial da Gol e a R$ 24,80 como valor de resgate. Na relação de troca, foram considerados os valores de R$ 39,25 para a ação da Gol e R$ 41,34 para a ação da Smiles, de acordo com a companhia aérea. A Gol solicitou que a administração da Smiles realize reunião do conselho de administração para tomar conhecimento dos termos da reorganização. Também pediu à Smiles a contratação de empresa avaliadora até 18 de dezembro, conclusão de laudos de avaliação até, aproximadamente, 23 de janeiro de 2020 e agendamento de assembleia geral da Smiles para decidir sobre a reorganização no dia 2 de março de 2020. "A reorganização tem por objetivo assegurar a competitividade de longo prazo do grupo, através do alinhamento de interesses de todos os 'stakeholders', reforçando uma estrutura de capital consolidada, simplificando a governança societária do grupo, reduzindo custos e despesas operacionais, administrativas e financeiras", afirmou a Gol. A companhia aérea também argumentou que a alteração aumentará a liquidez no mercado para todos os acionistas, "além de permitir uma oferta de produtos e serviços melhor coordenada, sendo que todos estes benefícios são necessários para que o produto Smiles seja mais competitivo no cenário de mercado desafiador que observamos no momento." Os dois concorrentes mais próximos da Gol, o Grupo LATAM Airlines e Azul, não possuem programas de fidelidade listados separadamente. A LATAM concluiu a recompra de seu programa Multiplus no início deste ano.

Huawei lançará sistema operacional Harmony para mais dispositivos, mas ainda não em smartphones e tablets


A gigante chinesa de tecnologia Huawei planeja utilizar o sistema operacional Harmony em mais de seus produtos no próximo ano e os promoverá na China e no exterior, disse um porta-voz da Huawei nesta segunda-feira (9). Mas, atualmente, não há planos de lançar o sistema operacional nos celulares, tablets e computadores, os produtos mais populares da Huawei, acrescentou o porta-voz. Os planos foram relatados pela primeira vez no jornal Shenzhen Special Zone Daily, apoiado pelo governo, que citou comentários feitos por Wang Chenglu, presidente da divisão de software do grupo de negócios ao consumidor Huawei, em um evento realizado na cidade de Shenzhen, onde a empresa é sediada. A Huawei apresentou seu sistema operacional em agosto como uma possível alternativa ao Android, do Google, uma vez que lida com as restrições comerciais dos Estados Unidos que ameaçam reduzir seu acesso à tecnologia fabricada por empresas norte-americanas. Por causa disso, o Google cortou laços com a Huawei e as atualizações do Android nos celulares da chinesa ficaram rodeadas de incerteza. Quando apresentou o sistema Harmony em agosto, a empresa já havia anunciado que a prioridade seriam outros dispositivos. Richard Yu, diretor da divisão de negócios para consumidor da Huawei, disse na ocasião que a empresa pode começar a usar o HarmonyOS em smartphones "a qualquer momento", mas por enquanto estaria dando prioridade para o Android. Uma smart TV, foi o primeiro produto a usar o Harmony, chamado Hongmeng em chinês, mas a empresa disse na época que continuaria utilizando o Android para smartphones e gradualmente lançaria o Harmony em outros dispositivos, como relógios inteligentes, alto-falantes e dispositivos de realidade virtual. Wang reiterou essa postura no evento e observou que a empresa ainda prefere usar o Android em seus telefones, de acordo com o jornal Shenzhen Special Zone Daily.

Mercado aumenta estimativa de inflação e de crescimento da economia em 2019


Os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de inflação para este ano pela quinta semana seguida, e também passaram a projetar um crescimento maior da economia brasileira. As projeções constam no boletim de mercado conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC). Os dados resultam de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras. De acordo com a instituição, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2019 de 3,52% para 3,84%. A expectativa de inflação do mercado para 2019 segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2020, o mercado financeiro manteve em 3,60% sua previsão. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar de 2,5% a 5,5%.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

BNDES estima R$ 15,9 bilhões em investimento privado em saneamento em 5 anos


O chefe do Departamento de Estruturação de Parcerias 1 do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guilherme Albuquerque, afirmou que os projetos do banco para a atração de capital privado para saneamento em Estados e municípios preveem investimentos de R$ 61,7 bilhões ao longo dos próximos 35 anos. Desse montante, R$ 15,9 bilhões estão previstos para os primeiros cinco anos. Saneamento básico: maior parte das grandes cidades reinveste menos de 30% do que arrecada Albuquerque apresentou o trabalho do BNDES na área em evento nesta sexta-feira (6), na sede da instituição, no Rio. Ele é um dos responsáveis pela modelagem de projetos para a concessão dos serviços de água e esgoto junto a prefeitos e governadores. Segundo o técnico, a expectativa é que a participação privada aumente os investimentos no setor em mais de quatro vezes, levando em conta o montante despendido entre 2013 e 2017. O especialista do BNDES afirmou que o corpo técnico do banco está convencido da possibilidade de êxito na atração de capital privado para a área. Mas acrescentou que isso exige longa preparação de projetos, que estão mais adiantados em Estados como Acre, Amapá e Rio de Janeiro. Segundo o BNDES, dos 445 municípios onde os estudos foram iniciados, apenas 84 tinham planos municipais de saneamento publicados e, ainda assim, quase todos precisaram ser “ajustados ou refeitos”. Do ponto de vista financeiro, afirmou, havia inadimplência variando de 9% a 50% entre os consumidores dos serviços, e alto nível de endividamento - o que impossibilitaria investimentos necessários à “continuidade operacional” dos negócios, observou.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Larry Page deixa posto de presidente-executivo da Alphabet, dona do Google


Larry Page, presidente-executivo (CEO) da Alphabet, dona do Google, anunciou nesta terça-feira (3) que deixará o posto. Em seu lugar vai assumir Sundar Pichai, que comanda o Google desde 2015. Os dois cargos serão transformados em um só. Page, cofundador do Google, anunciou a decisão em uma carta no blog da empresa. Ela também é assinada pelo outro fundador da companhia, Sergey Brin, que deixará a presidência da Alphabet. "Alphabet e Google não precisam mais de dois CEOs e um presidente", escreveram Page e Brin, comparando as empresas a um "jovem adulto de 21 anos" que já pode sair do ninho. Apesar de deixarem o comando do grupo, os fundadores dizem que vão continuar se comportando como "pais". Page e Brin fundaram o Google em 1998. A Alphabet foi criada em 2015, quando a gigante de tecnologia passou por uma profunda reformulação. A Alphabet é o "guarda-chuva" debaixo do qual estão as várias empresas do grupo, incluindo o Google Inc, responsável pelo buscador, o YouTube, o Chrome, o Android e o Gmail, entre outros serviços, e outras vertentes de atuação, como os carros autônomos, responsabilidade da Waymo.

United Airlines encomenda 50 Airbus A321XLR para substituir frota da Boeing


A companhia americana United Airlines anunciou na terça-feira que encomendou 50 aviões Airbus A321XLR, pelo valor de US$ 6,5 bilhões ao preço de catálogo, com o objetivo de substituir sua frota da Boeing. Os Airbus, que serão entregues a partir de 2024, substituirão a frota de Boeing 757-200, informou a empresa. A decisão é um duro golpe para a construtora aeronáutica americana, que enfrenta uma grave crise a respeito do modelo 737 MAX, que permanece em terra em todo o mundo depois de dois acidentes que deixaram 346 mortos. A Boeing não tem no momento um novo avião de segmento médio para competir com o A321XLR. "A Boeing não oferece atualmente nenhuma aeronave capaz de substituir o 757", declarou à AFP uma fonte especializada, segundo a qual as negociações entre Airbus e United começaram "há vários meses". Com o trabalho para tentar promover o retorno do MAX às operações, a Boeing teve que adiar para 2020 o eventual anúncio do lançamento de uma nova aeronave, o NMA. Ao mesmo tempo, a United Airlines anunciou o adiamento por 5 anos da recepção dos 45 Airbus A350 para longas distâncias ordenados em 2017, para dar prioridade às aeronaves de média capacidade A321XLR. A companhia aérea informou que começará a receber estes modelos a partir de 2027, e não de 2022 como estava previsto inicialmente. O modelo A321XLR, apresentado em junho no Salão Aeronáutico de Paris, permite abrir novas rotas de longa distância entre cidades secundárias com uma aeronave mais barata, de apenas um corredor, mais fácil de ocupar e, portanto, mais rentável. "O A321XLR permitirá a United explorar destinos adicionais para cobrir a Europa a partir de seus centros na costa leste americana, Newark/Nova York e Washington", afirmou a empresa em um comunicado.

Bovespa renova máxima e supera os 110 mil pontos, com exterior positivo e ânimo com economia do país


O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, sobe nesta quarta-feira (4), renovando máxima histórica durante o pregão, com a alta de Petrobras e Vale entre os principais suportes. A valorização tem como pano de fundo um cenário positivo no exterior, com alta de commodities e também em mercados acionários, segundo Reuters. O noticiário doméstico também impulsionava compras na B3, já que dados positivos da produção da indústria referendam o quadro de recuperação da atividade econômica do país. Às 13h57, o Ibovespa subia 0,99%, a 110.037 pontos. Na máxima até o momento, alcançou 110.068 pontos, recorde durante as negociações. Veja mais cotações. Na véspera, o índice fechou praticamente estável, em alta de 0,03%, a 108.956 pontos. A nova máxima intradia do Ibovespa é resultado da soma de vários fatores, entre eles números melhores sobre a economia, em particular o crescimento acima do esperado do PIB divulgado na véspera, disse à Reuters Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset. O IBGE divulgou na véspera que a economia cresceu 0,6% entre julho e setembro sobre os três meses anteriores, acima do esperado pelo mercado. "Ajuda a consolidar a impressão dos investidores de que o país está crescendo", afirmou à agência. "Ao mesmo tempo, não podemos esquecer, que, na semana passada, grandes bancos globais recomendaram em bloco o Brasil, sugerindo que os estrangeiros podem estar voltando", comentou. Ainda no Brasil, a produção industrial cresceu 0,8% em outubro na comparação com setembro, informou nesta quarta-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), melhor resultado desde 2012 e acima do esperado. Para o time da Terra Investimentos, a melhora apresentada pela produção industrial reforça o otimismo na economia interna. "O cenário econômico brasileiro começa a traçar certa melhora, com projeções de expectativas para o PIB sendo elevadas pelo mercado, aliada a uma continuidade de inflação e taxa de juros baixas", destacou em nota a clientes. "Se o cenário externo não estragar a bolsa brasileira tem tudo para ter um dia de alta hoje", estimou.

Após máximas, preço do boi recua 5% nos primeiros dias de dezembro com pressão de consumidores


O preço da arroba do boi gordo recuou 5,14% nos primeiros dias de dezembro, com duas baixas seguidas após máximas históricas no Brasil, com as cotações sendo pressionadas por consumidores que estão buscando opções de carne mais barata, informou nesta terça-feira (3) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea). A cotação no mercado físico paulista apresentou recuo de 3,67%, a R$ 219,45 por arroba (equivalente a 15 kg), segundo indicador Esalq/B3, apurado pelo Cepea. Na segunda-feira (2), o preço da arroba caiu 1,53%, após máxima histórica de 231,35 reais no último dia útil de novembro, acumulando alta de 35,5% no mês passado. "Quando tem alta muito brusca do preço, no boi gordo e na carne, tem que olhar a outra ponta, principalmente o mercado consumidor interno. Ele se assustou, é natural, e tem proteínas mais baratas, então realmente tem um efeito da demanda e da renda também", explicou o analista do Cepea Thiago de Carvalho. Ele citou que os consumidores receberam a primeira parcela do décimo terceiro, que a economia está melhorando, mas como o preço subiu muito, isso segurou o consumo. "O preço alto do boi reduz margem para o frigorífico e para o varejo. A carne da classe A e B continua com margem, mas a classe C e D quer preço, e essa alta assusta. Tem dono de lanchonete que cogita tirar o coxão mole do cardápio", completou.

Produção industrial tem 3ª alta seguida e cresce 0,8% em outubro


A produção industrial brasileira cresceu 0,8% em outubro, na comparação com setembro, puxada principalmente pelos produtos alimentícios e farmacêuticos, segundo divulgou nesta quarta-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da terceira alta mensal seguida e do melhor resultado para outubro desde 2012, quando houve avanço de 1,5%. Na comparação com outubro do ano passado, a indústria avançou 1%, resultado um pouco mais fraco que o de setembro (1,1%), quando interrompeu 3 meses consecutivos no vermelho na comparação interanual. Entre os fatores que tem contribuído para uma reação da indústria está a melhora da demanda doméstica em meio a um cenário de queda da taxa básica de juros, inflação baixa, expansão do crédito e a recuperação gradual do mercado de trabalho, ainda que puxada pela informalidade, que tem elevado a massa salarial e o número de brasileiros ocupados e com alguma renda. Segundo o pesquisador, fatores pontuais como a liberação das contas do FGTS e a Black Friday, realizada em novembro, podem ter feito a indústria aumentar sua produção em outubro para dar conta da demanda. “São fatores que, em conjunto, nos fazem entender a produção aumentar como um todo, principalmente na parte relacionada a bens de consumo”, disse. No acumulado no ano, entretanto, o setor industrial ainda acumula queda de 1,1%. Em 12 meses, a produção manteve recuo de 1,3%, prosseguindo com redução da intensidade de perda iniciada em agosto. Em termos de patamar, a produção industrial em outubro ficou 15,8% abaixo do pico histórico, registrado em maio de 2011. "É como estivéssemos em um patamar próximo ao de março de 2012", destacou o pesquisador. Segundo o IBGE, 14 dos 26 ramos pesquisados registraram alta na produção em outubro. A alta da produção industrial foi puxada principalmente pelos produtos alimentícios (3,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (11,2%), com o primeiro revertendo a queda de 0,3% verificada no mês anterior e o segundo eliminando a retração de 9,1% acumulada nos meses de agosto e setembro.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

BMW e Great Wall construirão fábrica na China para carros elétricos


A BMW e sua parceira chinesa Great Wall disseram que planejam construir uma fábrica na China com capacidade de produção de 160 mil carros por ano, onde fará modelos elétricos da marca Mini, além de carros da Great Wall. A unidade de 650 milhões de euros deverá ser concluída em 2022. A nova joint venture Spotlight Automotive será sediada em Zhangjiagang, perto de Xangai, e empregará 3 mil funcionários. A BMW segue os passos da Volkswagen, que terá duas fábricas na China para a produção de carros elétricos no próximo ano com capacidade de produção combinada de 600 mil veículos. Montadoras e fornecedores estão se esforçando para atender a novas e difíceis cotas chinesas para carros menos poluentes. Essas regras exigem que os veículos elétricos e híbridos recarregáveis representem um quinto do total de vendas até 2025.

Investidores brasileiros compram rede de hotéis nos EUA por R$ 905 milhões


Um grupo de investidores brasileiros investiu R$ 905 milhões na compra da Lodging Enterprises, rede de 45 hotéis econômicos da bandeira Wyndham nos Estados Unidos, informaram as empresas de investimentos Sharpen Capital e VCM Global Asset Management, responsáveis pela transação. A rede de hotéis, que pertencia à American Hotel Income Properties (AHIP), está presente em 26 estados americanos. A AHIP se desfez do negócio para concentrar-se em empreendimentos do segmento premium. A rede hoteleira adquirida pelos investidores atende trabalhadores de ferrovias e da construção civil, por meio de contrato com as empresas. “Com taxas de juros reais de apenas 1,6%, os investidores brasileiros buscam diversificar em moedas fortes, como o dólar, e encontrar investimentos alternativos de baixo risco com ativos reais que proporcionam forte fluxo de caixa e oportunidades de crescimento”, afirmou Raphael Ades, co-fundador e diretor geral da Sharpen Capital, em comunicado.

Minério de ferro na China sobe após Vale cortar projeção de produção no 1° trimestre de 2020


Os futuros do minério de ferro na China subiram nesta terça-feira após a brasileira Vale, maior produtora global da commodity, ter reduzido na véspera sua projeção de produção no primeiro trimestre de 2020. O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de Dalian, que vence no próximo mês, fechou em alta de 1,7%, a 651,50 iuanes (U$ 92,56) por tonelada, após chegar a subir 2,2% durante a sessão. Na bolsa de Cingapura, o primeiro contrato, para janeiro, revolveu ganhos iniciais e recuava 0,4%. A Vale disse na segunda-feira que deverá produzir entre 68 milhões e 73 milhões de toneladas de minério de ferro nos primeiros três meses de 2020, frente a entre 70 milhões e 75 milhões de toneladas estimadas anteriormente. A revisão acontece em um momento em que os estoques de minério de ferro nos portos da China, maior produtora global da commodity, caíram ao menor nível em quase 10 semanas, enquanto a demanda segue firme em meio a políticas do governo chinês para apoiar a economia em desaceleração. "Dado que o controle de produção (da China) no inverno está menos severo que no ano passado e a demanda por aço segue sólida devido às políticas de apoio do governo, nós esperamos que os preços do aço subam mais, suportando uma recuperação adicional no minério de ferro e no carvão de coque", disse Helen Lau, analista da Argonaut Securities. A produção da Vale, segundo a empresa, deverá se recuperar gradualmente entre 2020 e 2022, depois de uma forte queda na sequência do rompimento de uma barragem da companhia em janeiro. O contrato mais negociado do aço na bolsa de Xangai fechou em queda de 0,2%.

PIB do Brasil cresce 0,6% no 3º trimestre, puxado pelo consumo das famílias


O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,6% no 3º trimestre, na comparação com o 2º trimestre, puxado pelo consumo das famílias e pelo investimento privado, segundo divulgou nesta terça-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,842 trilhão. O resultado mostra uma leve aceleração da recuperação da economia entre julho e setembro, embora em ritmo ainda fraco e mais lento do que se esperava no começo do ano. O IBGE revisou o resultado do PIB do 2º trimestre para uma alta 0,5%, ante leitura anterior de avanço de 0,4%. Já o resultado do 1º trimestre foi revisado para uma estabilidade, em vez de queda de 0,1%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Veja os principais destaques do PIB no 3º trimestre: Serviços: 0,4% (com destaque para o comércio e atividades de informação e comunicação, com alta de 1,1%, em ambos) Agropecuária: 1,3% Indústria: 0,8% (maior alta desde o 4º trimestre de 2017, puxada pela indústria extrativa, que cresceu 12%, compensando a queda de 1% da indústria de transformação) Construção civil: 1,3% (com o crescimento puxado pelo mercado imobiliário) Consumo das famílias: 0,8% (melhor resultado desde o 3º trimestre de 2018) Consumo do governo: -0,4% Investimentos: 2% (2ª alta seguida, mas abaixo do avanço de 3% registrado no 2º trimestre) Exportação: -2,8% (3ª queda seguida, afetada pela desaceleração global e pela recessão na Argentina) Importação: 2,9%