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sexta-feira, 13 de março de 2020

Conselho Administrativo de Defesa Econômica - Cade investiga supostas condutas anticompetitivas da Bayer e Monsanto


A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou nesta quinta-feira (12) processo administrativo contra as empresas Bayer e Monsanto, que integra o grupo alemão, para investigar supostas condutas anticompetitivas nos mercados de sementes e biotecnologia. Segundo nota do Cade, o caso teve início a partir de denúncias formuladas durante a instrução do ato de concentração que envolveu a aquisição da Monsanto pela Bayer, um negócio de US$ 63 bilhões, que foi aprovado com restrições pelo Cade, em fevereiro de 2018. De acordo com a superintendência do Cade, no Programa Monsoy Multiplica (PMM), da Monsanto, a forma de cálculo dos descontos gera incentivos para que os multiplicadores participantes aumentem a proporção de sementes Monsoy ou sementes com biotecnologia Intacta (de propriedade da Monsanto) em sua cesta de multiplicação, induzindo a fidelização. Com a instauração do processo, disse o Cade, a superintendência do conselho vai avaliar se o programa tem potencialidade de gerar efeitos de fechamento de mercado para outros obtentores concorrentes da Monsoy ou de dificultar o desenvolvimento de obtentores concorrentes no segmento de sementes de soja. A segunda conduta investigada diz respeito à concessão de incentivos comerciais, pela Monsanto, para que os obtentores desenvolvam cultivares de soja com biotecnologia Intacta. A apuração preliminar apontou que, no caso concreto, os incentivos concedidos pela Monsanto podem ter efeitos de fidelização. Neste caso, a superintendência do Cade irá avaliar se a concessão desses incentivos tem o potencial de reduzir a disponibilidade de cultivares não-Intacta para o agricultor. A terceira conduta investigada corresponde à previsão contratual, pela Monsanto, de que o multiplicador de sementes de soja adquira sementes matrizes Monsoy na proporção de pelo menos 15% de seus campos de produção, na safra subsequente ao contrato. Apesar de o órgão do Cade ter constatado que a Monsanto não tem exigido o cumprimento da cláusula, a investigação apontou que a empresa teria benefícios econômicos caso o fizesse, enquanto os multiplicadores poderiam ter seus custos aumentados.Para o órgão, a prática pode ter como efeitos a fidelização dos multiplicadores nas safras subsequentes e a limitação da liberdade de escolha do multiplicador. Com a instauração do processo administrativo, as empresas serão notificadas para apresentação de defesa. Ao final da instrução processual, a superintendência do órgão opinará pelo arquivamento ou pela imposição de sanções por infrações à ordem econômica, disse a nota do Cade. Procuradas, as companhias não se manifestaram imediatamente. Mais tarde, a Bayer afirmou em nota que "depois de um longo processo, o Cade decidiu por arquivar o inquérito em relação a eventuais condutas e por seguir a análise de uma minoria delas". "A companhia segue confiante quanto ao resultado do processo administrativo, que confirmará que não há qualquer infração concorrencial", diz trecho do comunicado.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Yduqs, ex-Estácio, compra dona da Ibmec por R$ 1,9 bilhão


A Yduqs, anteriormente conhecida como grupo Estácio, anunciou nesta segunda-feira (21) que fechou acordo para comprar os ativos da americana Adtalem no Brasil por R$ 1,92 bilhão. O portfólio da Adtalem no país inclui a escola de negócios Ibmec, além das marcas Damásio Educacional, Wyden, SJTMed e Clio. Em comunicado, a Yduqs afirmou que a transação consiste na aquisição de "100% das ações da Adtalem" e manutenção de da posição líquida de R$305 milhões do caixa do grupo em 30 de junho de 2019. O pagamento será realizado à vista na data de fechamento da transação, com recursos próprios e financiamentos. Em setembro, a Yduqs já havia anunciado a compra do Centro Universitário UniToledo, com sede em Araçatuba (SP), por R$ 102,5 milhões. Em comunicado, a Yduqs destacou que, além da adição de 102 mil alunos e 20 campi, a compra da Adtalem irá acrescentar “marcas fortes e complementares” ao seu portfólio e permitir o fortalecimento da companhia nas regiões Norte e Nordeste. Segundo a companhia, "as marcas adquiridas serão preservadas". A Yduqs afirmou que a aquisição não precisará ser aprovada por acionistas em assembleia nem dará direito de retirada, uma vez que será feita por meio de sua subsidiária Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá. A conclusão da transação, no entanto, depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A companhia, que hoje possui 576 mil alunos, informou que após a conclusão do negócio elevará o número para 678 mil e a receita anual da da companhia para cerca de R$ 4,48 bilhões.

sábado, 19 de outubro de 2019

Cade investiga tabelamento de preço de medicamentos e materiais usados em hospitais


A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu um processo nesta sexta-feira (18) para investigar um possível tabelamento de preços de medicamentos e materiais usados em procedimentos feitos nos hospitais. Segundo informações do conselho, há fortes indícios de que entidades representativas estariam orientando hospitais e prestadores de servido de saúde a seguirem os preços publicados nas publicações Brasíndice e Simpro. O Cade indicou ainda que, além de prejudicar a concorrência ao tabelar preços, as tabelas publicadas nas duas revistas têm valores superiores aos praticados no mercado, o que estaria causando prejuízo aos consumidores. O processo investiga as duas publicações especializadas, uma federação e dois sindicatos (Pernambuco e Mato Grosso do Sul). Segundo a Superintendência-Geral, uma nota técnica do Cade aponta que a maioria dos hospitais do país utiliza os valores previstos nas tabelas divulgadas pelas revistas para efetuar a cobrança pelos medicamentos e materiais hospitalares utilizados em procedimentos médicos. Segundo a nota técnica, as publicações serviriam como ponto focal para a uniformização dos preços que devem ser pagos pelas operadoras de planos de saúde. Com a abertura do processo, as revistas e associações citadas serão notificadas para apresentar defesa.