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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Produção industrial tem 3ª alta seguida e cresce 0,8% em outubro


A produção industrial brasileira cresceu 0,8% em outubro, na comparação com setembro, puxada principalmente pelos produtos alimentícios e farmacêuticos, segundo divulgou nesta quarta-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da terceira alta mensal seguida e do melhor resultado para outubro desde 2012, quando houve avanço de 1,5%. Na comparação com outubro do ano passado, a indústria avançou 1%, resultado um pouco mais fraco que o de setembro (1,1%), quando interrompeu 3 meses consecutivos no vermelho na comparação interanual. Entre os fatores que tem contribuído para uma reação da indústria está a melhora da demanda doméstica em meio a um cenário de queda da taxa básica de juros, inflação baixa, expansão do crédito e a recuperação gradual do mercado de trabalho, ainda que puxada pela informalidade, que tem elevado a massa salarial e o número de brasileiros ocupados e com alguma renda. Segundo o pesquisador, fatores pontuais como a liberação das contas do FGTS e a Black Friday, realizada em novembro, podem ter feito a indústria aumentar sua produção em outubro para dar conta da demanda. “São fatores que, em conjunto, nos fazem entender a produção aumentar como um todo, principalmente na parte relacionada a bens de consumo”, disse. No acumulado no ano, entretanto, o setor industrial ainda acumula queda de 1,1%. Em 12 meses, a produção manteve recuo de 1,3%, prosseguindo com redução da intensidade de perda iniciada em agosto. Em termos de patamar, a produção industrial em outubro ficou 15,8% abaixo do pico histórico, registrado em maio de 2011. "É como estivéssemos em um patamar próximo ao de março de 2012", destacou o pesquisador. Segundo o IBGE, 14 dos 26 ramos pesquisados registraram alta na produção em outubro. A alta da produção industrial foi puxada principalmente pelos produtos alimentícios (3,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (11,2%), com o primeiro revertendo a queda de 0,3% verificada no mês anterior e o segundo eliminando a retração de 9,1% acumulada nos meses de agosto e setembro.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

PIB do Brasil cresce 0,6% no 3º trimestre, puxado pelo consumo das famílias


O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,6% no 3º trimestre, na comparação com o 2º trimestre, puxado pelo consumo das famílias e pelo investimento privado, segundo divulgou nesta terça-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,842 trilhão. O resultado mostra uma leve aceleração da recuperação da economia entre julho e setembro, embora em ritmo ainda fraco e mais lento do que se esperava no começo do ano. O IBGE revisou o resultado do PIB do 2º trimestre para uma alta 0,5%, ante leitura anterior de avanço de 0,4%. Já o resultado do 1º trimestre foi revisado para uma estabilidade, em vez de queda de 0,1%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Veja os principais destaques do PIB no 3º trimestre: Serviços: 0,4% (com destaque para o comércio e atividades de informação e comunicação, com alta de 1,1%, em ambos) Agropecuária: 1,3% Indústria: 0,8% (maior alta desde o 4º trimestre de 2017, puxada pela indústria extrativa, que cresceu 12%, compensando a queda de 1% da indústria de transformação) Construção civil: 1,3% (com o crescimento puxado pelo mercado imobiliário) Consumo das famílias: 0,8% (melhor resultado desde o 3º trimestre de 2018) Consumo do governo: -0,4% Investimentos: 2% (2ª alta seguida, mas abaixo do avanço de 3% registrado no 2º trimestre) Exportação: -2,8% (3ª queda seguida, afetada pela desaceleração global e pela recessão na Argentina) Importação: 2,9%

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Em 10 anos no Brasil, Android foi de 2 smartphones para sistema operacional dominante do mercado


O Android chegou há 10 anos no país, na época presente em apenas dois smartphones. Hoje, ele é o sistema operacional utilizado em 95% dos smartphones no Brasil, segundo segundo dados mais recentes da consultoria IDC (final de 2018). O Google, fabricante do Android, divulgou nesta terça-feira (26) uma pesquisa que mostra um pouco do impacto dessa tecnologia na vida dos brasileiros. Os principais apontamentos são que o sistema operacional é de fácil uso e tem um aspecto democrático: está disponível em diferentes modelos e a preços acessíveis. De acordo com Flavio Ferreira, diretor de Android na América Latina, a plataforma flexível do Android permitiu aumentar o número de fabricantes parceiros, diversificar o preço dos aparelhos, atrair mais usuários e desenvolvedores de aplicativos. Para 85% dos entrevistados pela pesquisa, o Android estava no primeiro smartphone que tiveram. Segundo Maia Mau, diretora de Marketing do Google, a possibilidade de acesso facilitado, sem a necessidade de licenciamento do sistema, foi o que permitiu a expansão dos smartphones no Brasil. O uso da internet no país está intimamente ligado à expansão dos smartphones. Segundo a pesquisa TIC-domicílios, 97% dos brasileiros usaram um celular para se conectar à internet em 2018. A diretora do Google apresentou dados que mostraram que o custo de celulares inteligentes no país caiu 36% entre 2012 e 2017. “No futuro, nosso desafio é fazer a experiência entre telas ser cada vez mais fluida”, disse Ferreira, citando a casa conectada, com a possibilidade de usar o Android em diferentes dispositivos da casa e até em carros. Apesar da expansão, o sistema começa a esbarrar em problemas que vêm com a idade: a existência de modelos mais antigos do sistema operacional, que acabam sendo menos seguros e a dificuldade de atualização junto às fabricantes. Segundo Ferreira, essa é uma preocupação do Google, que, segundo ele, quer manter os usuários seguros com atualizações mais frequentes, mas perde a capacidade de controlar as atualizações que chegam na mão do usuário final pela natureza do Android de trabalhar em parceria com as fabricantes. “Nosso papel hoje é facilitar para os fabricantes, lançando atualizações mais simples nos modelos novos. Queremos preservar o DNA de flexibilidade do Android, mas continuar a achar soluções”, disse. Ele citou o Android 10, em que as atualizações de segurança são separadas do update geral, não precisando mais passar pelos fabricantes.

Nissan faz nova parceria para desenvolver carros elétricos com etanol no Brasil


A Nissan e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) assinaram nesta segunda-feira (18) uma parceria para o desenvolvimento de veículos elétricos com etanol no Brasil. No caso, o combustível seria usado para uma reação química que separa o hidrogênio que, posteriormente, vira a eletricidade que vai recarregar a bateria e chegar aos motores. É diferente do carro híbrido porque não existe combustão (queima). E a vantagem para os elétricos "clássicos" é que esse veículo não precisa ser abastecido na tomada. Segundo a montadora o sistema funciona 100% com etanol ou água misturada ao etanol. "Suas emissões são tão limpas quanto a atmosfera, se inserindo como parte do ciclo natural do carbono e sendo absorvido durante a plantação da cana-de-açúcar", afirma a Nissan. A montadora diz que a tecnologia permite que o carro rode mais de 600 km com 30 litros de etanol. Já existem carros elétricos movidos a hidrogênio no exterior, mas ele é fornecido em cilindros que também são pesados e encontrados em poucos locais. E essa tecnologia ainda é mais cara do que a dos elétricos "comuns". A parceria com o Ipen tem a missão de avaliar e viabilizar diferentes componentes para a introdução deste sistema. "A vantagem é transformar diretamente em eletricidade a energia de um combustível renovável e estratégico para o país, para viabilizar o carro elétrico“, afirmou Fabio Coral Fonseca, pesquisador do Ipen responsável pelo projeto. O instituto é uma autarquia da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e fica no campus da Universidade de São Paulo (USP). A montadora já tinha feito uma parceria com a Unicamp, a Universidade Estadual de Campinas, para estudos sobre o mesmo tema.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Petrobras fecha acordo para arrendar fábricas de fertilizantes na BA e em SE à Proquigel


A Petrobras fechou acordo com a Proquigel Química para arrendar suas fábricas de fertilizantes na Bahia (Fafen-BA) e em Sergipe (Fafen-SE) por dez anos, em negócio de R$ 177 milhões, informou a petroleira nesta quinta-feira. De acordo com comunicado da estatal, o contrato pode ser prorrogado por mais dez anos. A Proquigel faz parte da petroquímica Unigel, que atua nas áreas de estirênicos, acrílicos e fertilizantes, acrescentou a nota da petroleira. Localizada em Camaçari, a Fafen-BA é uma unidade de fertilizantes nitrogenados com capacidade de produzir 1.300 toneladas de ureia por dia, enquanto a Fafen-SE, em Laranjeiras, pode produzir 1,8 mil toneladas diárias de ureia. Ambas também comercializam amônia e gás carbônico. O arrendamento faz parte dos planos de desinvestimento da petroleira, que visa arrecadar capital para reduzir suas dívidas. O processo relacionado às Fafens começou oficialmente em janeiro, com as licitações sendo abertas no final de abril. Ambas as fábricas foram hibernadas durante o processo.

Brasil cria 70,8 mil empregos formais em outubro; contratações superam demissões pelo 7º mês


O Brasil gerou 70.852 empregos com carteira assinada em outubro, de acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Ministério da Economia. O saldo é a diferença entre as contratações e as demissões. Em outubro, o país registrou 1.365.054 contratações e 1.294.202 demissões. Foi o sétimo mês consecutivo em que as contratações superaram as demissões no país. De acordo com informações do Ministério da Economia, esse foi o melhor resultado para meses de outubro desde 2017, ou seja, em dois anos. Após três anos seguidos de demissões, a economia brasileira voltou a gerar empregos com carteira assinada em 2018, quando foram abertas 529.554 vagas formais, de acordo com dados oficiais. Os números oficiais do governo mostram também que, nos dez primeiros meses deste ano, foram criados 841.589 empregos com carteira assinada. Com isso, houve aumento de 6,45% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 790.579 vagas formais. O saldo verificado entre janeiro e outubro de 2019 também é o maior para o período desde 2014 (912.287 vagas formais abertas). Os números de criação de empregos formais dos primeiros dez meses do ano, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro e setembro. Os dados de outubro ainda são considerados sem ajuste. Segundo o Ministério da Economia, nos últimos 12 meses foram criados 562.186 postos de trabalho formais. Já o estoque de empregos formais na economia era de 39,252 milhões de postos no fim de outubro. No mesmo mês de 2018 eram 38,695 milhões. Por setores Os números do governo revelam que, em outubro, houve abertura de vagas em cinco dos oito setores da economia. O maior número de empregos criados foi no comércio. Já a agropecuária foi o setor que mais demitiu no período. Indústria de Transformação: +8.946 Serviços: +19.123 Agropecuária: -7.819 Construção Civil: +7.294 Extrativa Mineral: +344 Comércio: +43.972 Serviços Industriais de Utilidade Pública: -581 Administração Pública: -427

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Funcionários da Volkswagen em Taubaté voltam ao trabalho após férias coletivas


Cerca de 1,2 mil funcionários da fábrica da Volkswagen em Taubaté (SP) voltam ao trabalho nesta segunda-feira (18) após 20 dias em férias coletivas. A medida foi motivada por causa da queda nas exportações de veículos da montadora para a Argentina. O período de férias teve início no dia 28 de outubro e afetou cerca de 1,2 mil trabalhadores da fábrica. A montadora alemã justificou a medida como adequação à demanda do mercado por causa da redução nos volumes de veículos exportados para a Argentina. Em setembro, a montadora já havia colocado os funcionários da fábrica de Taubaté em férias coletivas pelo mesmo motivo. O período na ocasião foi de dez dias. A Volks produz em Taubaté os modelos Up!, Gol e Voyage - todos são exportados para o país vizinho.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Ministra da Agricultura lança primeiro Polo de Inovação e Tecnologia em Londrina


A ministra da Agricultura e da Pecuária, Tereza Cristina, lançou o primeiro Polo de Inovação e Tecnologia da Agricultura em Londrina, no norte do Paraná, nesta terça-feira (12). Esse é o primeiro polo de 12 estruturas que serão criadas pelo governo federal. O lançamento ocorreu durante a abertura do AgroBit Brasil 2019, um evento para discutir ações de inovação e novas tecnologias no agronegócio. O Agrobit reúne, até quarta-feira (13), produtores, profissionais e líderes do setor para falar sobre novos processos, novas tecnologias que possam melhorar a produtividade do campo. A ministra disse que a criação desse polo confirma o potencial de inovação de produtores e empresas paranaenses. “O Brasil vive um ótimo momento comercial, com economia crescente, e chegou a hora da tecnologia se sobrepor. Temos que embarcar tecnologia no agronegócio, e ao mesmo tempo termos responsabilidade com a segurança alimentar no país”, disse a ministra Tereza Cristina. Além das discussões programadas, o Agrobit vai realizar o primeiro Hackathon Agroclimático do país, realizado em parceria com o Ministério da Agricultura.Também estão previstas palestras de Israel, Austrália, Espanha, apresentações de startups e exposição de 30 empresas.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Brasil implementa cota de importação de 750 mil toneladas de trigo sem tarifas por ano


O Brasil implementou uma cota de importação de 750 mil toneladas de trigo por ano sem tarifas, em medida que valerá por prazo indeterminado, informou nesta quarta-feira (6) o Ministério da Agricultura. A cota com tarifa zero para o trigo foi anunciada em março quando o presidente Jair Bolsonaro visitou a Casa Branca, o que gerou preocupação na tradicional fornecedora do país, a Argentina, parceira brasileira no Merscosul. Mas somente agora a medida foi publicada. A associação do setor, Abitrigo, disse anteriormente que a medida deve beneficiar principalmente produtores nos Estados Unidos, Canadá e Rússia. O Brasil, um dos maiores produtores agrícolas do mundo, é um importador líquido de trigo, uma vez que o cereal se desenvolve melhor em países com clima temperado. O país produz cerca de 5 milhões de toneladas de trigo por ano, frente a um consumo total de quase 12 milhões de toneladas, o que exige importações anuais ao redor de 7 milhões de toneladas. A maior parte desse volume vem da vizinha e parceira de Mercosul, Argentina, que por anos se beneficiou da tarifa zero aplicada a membros do mercado comum. Os Estados Unidos têm sido um fornecedor regular de trigo para o Brasil, mas em uma escala bem menor. A Rússia também tem avaliado o mercado e já enviou um ou dois navios com cargas do cereal recentemente. Segundo a Abitrigo, a medida provavelmente será aplicada a partir do próximo ano e a publicação nesta semana veio antes do esperado. A medida vem pouco após a eleição na Argentina do candidato de esquerda e peronista Alberto Fernandez à presidência. Fernandez vem sendo duramente criticado pelo presidente Bolsonaro. Mais cedo, o Ministério da Agricultura afirmou que a cota concretiza um compromisso assumido pelo país junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) e que a implementação foi aprovada em reunião do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) na terça-feira.

Vendas de máquinas agrícolas no Brasil têm forte queda em outubro


As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias no Brasil em outubro somaram 4,2 mil unidades, queda de 16,2% ante mesmo mês do ano passado e recuo de 15% em relação a setembro, apontaram dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) na quarta-feira (6). No acumulado do ano, as vendas internas atingiram 37,1 mil unidades, uma queda de 6,3% na comparação com o período entre janeiro e outubro de 2018. Já a produção de máquinas agrícolas e rodoviárias em outubro somou 5,2 mil unidades, queda de 30,3% ante o mesmo mês de 2018, embora com alta de 8,2% em comparação com setembro, mostraram os dados da Anfavea. No acumulado do ano, a produção atingiu 53,6 mil unidades, queda de 13,4% ante mesmo período de 2018.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Itaú assina acordo para ter fatia em ativos de distribuição da Equatorial Energia


O Itaú Unibanco assinou acordo de investimento com a Equatorial Energia pelo qual passará a ter uma fatia nas operações de distribuição da elétrica no Maranhão e no Pará, segundo comunicado da companhia na noite de terça-feira. Pelo negócio, a Equatorial colocará toda sua participação em suas distribuidoras no Maranhão (ex-Cemar) e no Pará (Celpa) em uma nova subsidiária, a Equatorial Distribuição. Já o Itaú irá subscrever e integralizar ações preferenciais a serem emitidas pela Equatorial Distribuição no montante de R$ 1 bilhão, passando a deter 9,9% da empresa, enquanto a Equatorial Energia terá 90,1%. A Equatorial Distribuição terá 96,5% de participação na Celpa e 65,1% na Equatorial Maranhão, ainda segundo o comunicado. Para viabilizar a operação, a Equatorial subscreveu um aumento de capital da Equatorial Distribuição contribuindo com suas ações na Celpa e na distribuidora do Maranhão, além de obrigações referentes a uma emissão de debêntures simples no valor de 1 bilhão de reais cuja emissão foi aprovada pelo conselho da empresa em 21 de outubro. A transação ainda envolverá a celebração de acordo de acionistas que incluirá a outorga pelo Itaú Unibanco à Equatorial de uma opção de compra da totalidade das ações preferenciais da Equatorial Distribuição. "A operação contribuirá com o aprimoramento da estrutura societária e da integração operacional das sociedades envolvidas, bem como contribuirá para a melhoria da liquidez financeira do grupo econômico a que pertencem as companhias", afirmou a Equatorial no comunicado.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Cessão onerosa: o que é e o que está em jogo no megaleilão do pré-sal no Brasil


O megaleilão do excedente da cessão onerosa, marcado para esta quarta-feira (6), foi anunciado pelo governo como o maior leilão de óleo e gás já feito no mundo em termos de potencial de exploração de petróleo e de arrecadação. A importância do leilão se deve não só aos bilhões de reais envolvidos e à quantidade gigantesca de reservas de petróleo que estão sendo oferecidas, mas também ao alívio que esse dinheiro extra poderá trazer para os cofres do governo federal, dos estados e dos municípios. O governo espera arrecadar R$ 106,5 bilhões com a oferta de quatro áreas do pré-sal, na Bacia de Santos. Se todos os blocos forem arrematados, será o maior valor já arrecadado em uma rodada de licitações de petróleo no país e também no mundo em termos de pagamento de bônus de assinatura (o valor que as empresas pagam pelo direito de exploração). Até agora, a maior arrecadação com um leilão na área de petróleo no país foi a da 16ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizada em 10 de outubro, que garantiu à União R$ 8,915 bilhões. No megaleilão desta quarta, serão definidas as empresas que vão retirar óleo de reservas do pré-sal chamadas de excedente da cessão onerosa. Recebem esse nome porque o petróleo dessas reservas excede os 5 bilhões de barris garantidos pelo governo à Petrobras na operação da cessão onerosa, realizada em 2010.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Venda de veículos novos no Brasil cai 0,5% em outubro, diz associação das concessionárias


A venda de veículos novos caiu 0,5% em outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado. No total, foram emplacados 253.372 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus - número ligeiramente inferior aos 254.565 exemplares de outubro de 2018. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (1) pela Fenabrave, a associação das concessionárias. Considerando o acumulado do ano, o mercado brasileiro registra alta de 8,7%, com 2,28 milhões de unidades, ante 2,10 milhões entre janeiro e outubro de 2018. Separando os números por segmentos, os automóveis puxaram a queda. Em outubro, foram emplacadas 204.523 unidades, 2% menos do que as 208.650 do mesmo mês do ano passado.

Balança comercial do Brasil tem superávit de US$ 1,2 bilhão em outubro, menor para o mês em 5 anos


O Ministério da Economia informou nesta sexta-feira (1º) que a balança comercial registrou superávit de US$ 1,206 bilhão em outubro deste ano. Se as exportações superam as importações, o resultado é de superávit. Se acontece o contrário, o resultado é de déficit. De acordo com o governo federal, ao todo, as exportações somaram US$ 18,231 bilhões em outubro, e as importações, US$ 17,025 bilhões. O saldo positivo do mês passado representa queda de 79,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o superávit chegou a US$ 5,791 bilhões. Esse também foi o pior resultado para o mês desde 2014, ou seja, em cinco anos. Segundo o Ministério da Economia, as exportações tiveram queda de 20,4% na comparação com outubro do ano passado. Já as importações registraram alta de 1,1%. No caso das exportações, houve recuo de 15,3% na venda de produtos básicos, de 20,6% de produtos semimanufaturados e de 26,5% nos produtos manufaturados. Nas importações, o governo federal informou que subiram as compras de bens de capital (+7,5%) e de bens intermediários (+9,3%), mas recuaram as aquisições bens de consumo (-8,9%) e de combustíveis e lubrificantes (-29,2%). No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, o governo federal informou que o saldo da balança ficou positivo em US$ 34,823 bilhões. O superávit comercial, com isso, teve queda de 26,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o resultado foi de US$ 47,528 bilhões. Esse também foi o pior resultado, para esse período, em quatro anos, ou seja, desde 2015 - quando foi registrado um superávit de US$ 12,126 bilhões. No acumulado deste ano, de acordo com o Ministério da Economia, as exportações somaram US$ 185,437 bilhões, com média diária de US$ 874 milhões (queda de 7,7% na comparação com o mesmo período do ano passado). As importações totalizaram US$ 150,614 bilhões, com média diária de US$ 710 milhões (queda de 1,5% em relação ao mesmo período de 2018).

Produção industrial no Brasil tem 2ª alta seguida e cresce 0,3% em setembro


A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em setembro, na comparação com agosto, puxada principalmente pela produção de veículos automotores, segundo divulgou nesta sexta-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a segunda alta mensal seguida e o melhor setembro em 2 anos. O resultado de agosto foi revisto para um avanço de 1,2%, ante leitura anterior de alta de 0,8%. No acumulado no ano, entretanto, o setor industrial ainda acumula queda de 1,4%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve alta de 1,1% em setembro, o primeiro avanço depois de 3 meses resultados negativos consecutivos nessa base de comparação. Os resultados, entretanto, ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters com economistas, de alta de 0,9% na variação mensal e de 1,9% na base anual. No acumulado em 12 meses, a produção industrial mostrou uma redução da intensidade de perda, ao passar de -1,7% em agosto para 1,4% em setembro, mas ainda ficou acima do registrado em julho (-1,3%). Com o resultado de setembro, o setor terminou o 3º trimestre com alta de 0,3% sobre os três meses anteriores. Foi o primeiro avanço desde o 3º trimestre do ano passado, depois de ter recuado 0,5% no 2º trimestre, 0,4% no 1º trimestre e 1,4% no 4º trimestre de 2018. Na comparação com o 3º trimestre do ano passado, entretanto, a indústria registrou queda de 1,2% – perda maior que a registrada no 2º trimestre (-0,8%) nesta base de comparação. Segundo o IBGE, o resultado é explicado principalmente pela queda de ritmo de três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de consumo duráveis e bens de capital, pressionadas, em grande parte, pela menor fabricação de automóveis e de bens para equipamentos de transporte. 

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Governo cria 'Câmara da Cerveja' para encontrar formas de aumentar a produção da bebida no país


O Ministério da Agricultura instalou nesta quarta-feira (30) a Câmara da Cerveja, um colegiado que vai debater medidas para atender as demandas do setor e ajudar a aumentar a produção da bebida no país. O setor cervejeiro brasileiro já é o terceiro maior do mundo, com mais de 1.190 empresas registradas e produção de 14 bilhões de litros por ano. A produção representa cerca de 2% do PIB (Produto Interno Bruto), com faturamento de R$ 100 bilhões por ano e geração de 2,7 milhões de empregos. Os debates da Câmara da Cerveja serão em torno dos seguintes aspectos: política agrícola, defesa agropecuária, estruturação e fomento da cadeia produtiva, pesquisa e inovação, mercados interno e externo e assuntos fundiários. A câmara será composta por representantes de toda a cadeia produtiva: Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva), a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) e o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv). Para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, uma das linhas de estudo é o papel da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no desenvolvimento de novas cultivares de trigo, lúpulo e cevada para diversificar a produção nacional de cerveja. Tereza disse que o governo dará atenção especial aos cervejeiros artesanais. Nos Estados Unidos, as cervejarias artesanais movimentam US$ 27 bilhões por ano. No Brasil, não há dados específicos sobre a economia das empresas artesanais. A agenda estratégica traz ações para o período de 2020 a 2025. Em política agrícola, as metas são a criação de seguro para produtores de cevada que abastecem o setor cervejeiro, implantação de crédito para plantação de cevada, maltarias, lúpulos e adjuntos cervejeiros dos pequenos empreendedores, além de recursos para instalação e ampliação de pequenas e médias cervejarias. Outro assunto é a criação de linhas de financiamento para a importação de máquinas, compra de insumos e estoques. Serão debatidos também os conceitos de cerveja, produção e comercialização, com ênfase para a cerveja artesanal e caseira, assim como regulamentação da produção, concursos, rotulagem e transporte. O setor já havia contado com uma câmara setorial anterior: a Câmara da Cevada, que funcionou de 1990 a 1995. Até hoje, o Ministério tinha duas câmaras exclusivas para bebidas: a de Viticultura, Vinhos e Derivados e a da Cachaça.

Bradesco vai fechar 300 agências em 2020


O Bradesco, segundo maior credor do setor privado do Brasil, fechará cerca de 300 agências em 2020, como parte de um esforço para enfrentar maiores despesas operacionais que afetaram os ganhos do terceiro trimestre, disse o presidente do banco na quinta-feira (31). O Bradesco registra neste ano custos acima do esperado, ficando aquém de suas próprias metas e decepcionando investidores. Em janeiro, o banco informou que seus custos aumentariam até 4% em 2019, mas subiram 7,5% nos primeiros nove meses do ano. Isso pesou sobre as ações do Bradesco na quinta-feira, que caíam cerca de 4%, apesar de o banco ter registrado lucro líquido trimestral em linha com a projeção dos analistas, a R$ 6,5 bilhões. O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, disse a jornalistas em uma teleconferência que o banco fechará 150 agências já neste ano. O banco encerrou setembro com 4.567 agências. Lazari disse que um recente programa de demissão voluntária também ajudará a cortar custos. Ele disse que 3 mil trabalhadores já aderiram ao programa, cerca de 3% do seu quadro de funcionários. O Bradesco também vem renegociando melhores condições para contratos de fornecedores e fechado acordos em disputas trabalhistas.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Lucro da petroleira Total cai 29% com piora em exploração e produção


A companhia petrolífera francesa Total registrou lucro líquido de US$ 2,8 bilhões no terceiro trimestre de 2019, queda de 29% na comparação anual, com a piora do resultado operacional, principalmente na área de exploração e produção. Com a divulgação dos números, os papéis da companhia caíam 0,24% nesta quarta-feira na Bolsa de Paris, negociados a 47,56 euros. Entre os destaques do trimestre, a Total cita a expansão de suas atividades no Brasil, com novas licenças no pré-sal, além da conclusão da compra de ativos da Anadarko em Moçambique. A produção total da petrolífera aumentou 8%, na comparação anual, para 3 milhões de barris por dia, com a inclusão de novos projetos na Rússia, na Austrália, na Angola, no Reino Unido e na Nigéria.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Ministro anuncia fim da taxa adicional cobrada na tarifa de embarque internacional


O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, confirmou nesta segunda-feira (28) que o governo vai zerar a taxa de US$ 18 cobrada de passageiros que voam para fora do país. Segundo o ministro, essa é uma das medidas regulatórias que o governo planeja como forma de incentivar o setor de aviação civil e a entrada de novas empresas no mercado. A taxa, criada em 1999, é uma cobrança adicional feita junto com a tarifa de embarque em voos internacionais nos principais aeroportos do país e equivale a US$ 18. “Vou antecipar uma das medidas, que é a eliminação da taxa adicional de US$ 18 para voos internacionais”, afirmou Freitas após participar do Fórum de Líderes da Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo (ALTA). O ministério acredita que a iniciativa deve baratear as viagens internacionais e também atrair novas empresas áreas para o país. De acordo com o ministro, o fim da taxa será feito em breve. O governo já havia anunciado ao G1 que vinha estudando a medida. O fim da taxa será feito por medida provisória.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Agricultor de MS usa QrCode para assegurar a consumidor rastreabilidade dos produtos e buscar novos mercados



Não é de hoje que seu Antônio Chiquito tem apostado nas novas tecnologias para produzir e lucrar mais. Na propriedade de dois hectares, em Campo Grande, ele produz pepino japonês, tomate greap, pimentão e miniabóboras. “A gente optou por estufas e o sistema de irrigação por conta do espaço, além do adubo orgânico, para evitar agrotóxico”, explicou. Neste ano, a aposta do produtor rural, foi as novas embalagens com QrCode, uma espécie de código de barras com todas as informações nutricionais e de manejo, inclusive se foi utilizado algum tipo de agrotóxico na produção. “A gente precisa se adequar aos novos padrões para chegar em outros mercados”, afirmou. Nos supermercados, já é possível encontrar produtos com o QrCode nas embalagens. Para consultar, basta o consumidor colocar o celular sobre código. A leitura, direcionado para uma página com todas as informações daquilo que se pretende levar pra casa, da até pra ligar e conversar com o produtor. Nossa equipe de reportagem fez um teste com um produto de um hipermercado de Campo Grande. Por telefone, conversamos com seu Daniel Fugira, que administra a propriedade rural da família, na cidade de Monte Alto, no interior do estado de São Paulo. Ele contou que tem recebido um feedback positivo dos clientes, desde que começou utilizar o QrCode nas embalagens. “Nosso objetivo foi mostrar que existem diferentes tipos, cores e sabores de cebolas, e o pessoal tem gostado, a gente tá vendendo mais”, contou Fugita. O novo padrão de embalagens, faz parte de uma determinação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), para reduzir o nível de agrotóxico utilizado nos alimentos. “Com o QrCode, a gente consegue rastrear o produtor e saber exatamente o que foi usado na produção, isso ajuda na fiscalização”, explicou Hugo Caruso, coordenador Geral de Qualidade Vegetal do MAPA.