terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Delta Air Lines tem lucro acima do esperado enquanto rivais enfrentam crise do 737 MAX


A Delta Air Lines divulgou nesta terça-feira (14) um lucro do quarto trimestre acima das previsões de Wall Street, impulsionado pelos clientes adquiridos após os cancelamentos de voos do 737 MAX de companhias aéreas rivais, com o presidente-executivo, Ed Bastian, dizendo que a Delta foi uma preferência crescente entre os passageiros. As companhias aéreas que possuem o 737 MAX da Boeing estão cancelando mais de 10 mil voos mensais enquanto a aeronave permanece suspensa após dois acidentes. A Delta não possui o MAX, permitindo aumentar sua capacidade de voo e captar novos clientes, enquanto empresas rivais, como a Southwest Airlines, tiveram que reduzir seus voos. O lucro líquido da Delta aumentou 8%, para US$ 1,1 bilhão no trimestre até 31 de dezembro em relação ao ano anterior. O lucro por ação ajustado atingiu 1,70 dólar, superando as expectativas dos analistas de 1,40 dólar por ação, de acordo com dados da Refinitiv. A receita operacional total aumentou 7%, para US$ 11,4 bilhões. "Não há dúvida de que estamos conquistando novos clientes, mas esse não é o principal fator do nosso desempenho", disse Bastian à Reuters, citando uma forte marca e a lealdade do cliente no momento em que a demanda por viagens aéreas continua a aumentar. Bastian vê a tendência continuar no primeiro trimestre de 2020, com um crescimento estimado de receita de 5% a 7% na comparação anual, à medida que a demanda continua a subir "em níveis recordes". A companhia aérea ainda está interessada em investir cerca de 100 milhões de euros no resgate da principal companhia italiana Alitalia, enquanto o governo italiano trabalha em um novo consórcio, disse Bastian. Separadamente, a Delta está trabalhando com reguladores na América do Sul sobre imunidade antitruste após fechar este mês a aquisição de uma participação de 20% no grupo Latam Airlines, disse ele. Após a compra da participação na Latam, a Delta encerrou sua parceria com a Gol, uma medida que, segundo ele, aumentou o lucro ajustado por ação do quarto trimestre em US$ 0,09.

Amazon quer que juiz bloqueie contrato da Microsoft com Pentágono


A Amazon pedirá a um juiz que bloqueie temporariamente a Microsoft de trabalhar em um contrato de computação em nuvem de US$ 10 bilhões com o Pentágono, informou um documento apresentado à Justiça nos EUA, na segunda-feira (13). A Amazon, que era vista como favorita para o contrato, planeja registrar uma moção para uma ordem de restrição temporária em 24 de janeiro e um tribunal federal emitirá sua decisão em 11 de fevereiro, de acordo com o documento. A empresa culpou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por exercer uma "pressão imprópria" e preconceito que levaram o Departamento de Defesa dos EUA (DoD) a conceder à Microsoft o contrato conhecido como JEDI (sigla em inglês para Projeto Conjunto de Defesa em Infraestrutura de Nuvem). O Departamento de Defesa manteve a decisão, e o secretário Mark Esper rejeitou qualquer sugestão de viés, dizendo que a decisão foi conduzida de forma livre e justa, sem nenhuma influência externa. Especificamente, um objetivo do JEDI é oferecer aos militares melhor acesso aos dados e à nuvem a partir de zonas de guerra e outros locais remotos. A Amazon Web Services, é uma subsidiária da Amazon, e líder no segmento de computação em nuvem. A Microsoft não fez um comentário sobre a intenção da Amazon de registrar a moção. A Amazon não respondeu a um pedido de comentário.

Petrobras vai hibernar fábrica de fertilizantes no Paraná e demitirá 396 empregados


A Petrobras anunciou nesta terça-feira (14) a "hibernação" da fábrica de fertilizantes de sua subsidiária Araucária Nitrogenados (ANSA) no Paraná. A decisão resultará na demissão de 396 empregados da unidade. A decisão sobre a hibernação da unidade, que consiste na interrupção da produção no local, vem após o encerramento das tentativas de venda do ativo por mais de 2 anos, disse a estatal em comunicado. "A ANSA vem apresentando recorrentes prejuízos desde que foi adquirida em 2013. De janeiro a setembro de 2019, a empresa gerou um prejuízo de cerca de R$ 250 milhões e a projeção para 2020 é de prejuízo superior a R$ 400 milhões. No contexto atual de mercado, a matéria-prima utilizada na fábrica (resíduo asfáltico) está mais cara do que seus produtos finais (amônia e ureia)", informou a Petrobras, em comunicado. Segundo a Petrobras, a decisão está de acordo com o posicionamento estratégico de sair integralmente do negócio de fertilizantes. "A fábrica permanecerá hibernada em condições que garantam total segurança operacional e ambiental, além da integridade dos equipamentos", acrescentou. No início de 2018, a Petrobras decidiu hibernar também duas deficitárias fábricas de fertilizantes no Sergipe (Fafen-SE) e na Bahia (Fafen-BA). A Petrobras informou que desligará os 396 empregados da unidade, considerando que a fábrica a ser hibernada é o único ativo da ANSA. "Eles receberão, além das verbas rescisórias legais, um pacote adicional composto de valor monetário entre R$ 50 mil e R$ 200 mil, proporcional à remuneração e ao tempo trabalhado; manutenção de plano médico e odontológico, benefício farmácia e auxílio educacional por até 24 meses, além de uma assessoria especializada de recolocação profissional", informou a empresa.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

‘Existe uma apreensão’, diz ministra da Agricultura sobre impacto na exportação devido à crise entre Irã e Estados Unidos


A ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, esteve nesta quinta-feira (9) em Patos de Minas (MG) para visitar empresas de agronegócios e inaugurar uma rodovia que liga a BR-365 ao setor industrial da cidade. O município do Alto Paranaíba é conhecido pela produção de milho e, diante disso, a ministra comentou sobre o impacto da crise entre Irã e Estados Unidos, já que o país é o maior exportador do Brasil desse tipo de grãos. “É claro que existe uma apreensão da agricultura brasileira porque nós somos os maiores exportadores de milho para o Irã. Na nossa balança comercial, se você pegar lá R$ 2 bilhões do que se exporta, R$ 1 bilhão é do Irã e muito provém das exportações de milho”, disse. Ela também afirmou que o Brasil é contra terrorismo e não se pode misturar mercado e agricultura com assuntos de defesa Nacional. “O Brasil é um grande celeiro. A gente espera que isso tudo se acomode o mais rápido possível e que a agricultura brasileira possa continuar a produzir e contribuir para o abastecimento interno e mundial”.

Preços de alimentos no mundo crescem para máxima de 5 anos em dezembro, diz FAO


Os preços mundiais de alimentos subiram pelo terceiro mês consecutivo, atingindo uma alta de cinco anos em dezembro, informou a agência de alimentos da Organização das Nações Unidas nesta quinta-feira (9). A alta foi impulsionada por fortes aumentos de óleos vegetais, açúcar e laticínios, além da recuperação dos preços dos cereais, de acordo com a Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO). O índice de preços dos alimentos , que mede as variações mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carne e açúcar, saltou para o ponto mais alto desde dezembro de 2014, com média de 181,7 pontos, alta de 2,5% em relação ao mês anterior. No ano, o índice alcançou uma média de 171,5 pontos, 1,8% a mais que em 2018, mas abaixo do pico de 230 pontos atingido em 2011. O índice de preços dos cereais subiu 1,4%, para uma média de 164,3 pontos, liderado pelos preços mais altos do trigo, com maior demanda da China e problemas logísticos após as greves na França. Os preços do arroz mudaram pouco. Os preços do óleo vegetal subiram fortemente, com o índice subindo 9,4%, para 164,7 pontos em dezembro. Os preços do óleo de palma subiram pelo quinto mês consecutivo, impulsionados pela demanda por biodiesel, enquanto os valores de soja, girassol e óleo de colza também aumentaram. O índice de preços dos laticínios atingiu a média de 198,9 pontos em dezembro, um aumento de 3,3% em relação aos preços mais elevados de queijo e leite em pó desnatado, que superaram os menores valores de manteiga e leite em pó integral. O índice de preços do açúcar subiu 4,8%, para 190,3 pontos, impulsionado pela crescente demanda por etanol causada pelo aumento dos preços do petróleo. Por outro lado, os preços da carne permaneceram praticamente inalterados em relação a novembro, com o índice de preços da carne em 191,6 pontos, com os preços mais altos da carne suína e ovina equilibrados pela queda nos preços da carne bovina.

Inflação oficial fecha 2019 em 4,31% e fica acima do centro da meta


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, fechou 2019 em 4,31%, ultrapassando o centro da meta para o ano, que era de 4,25%. Em 2018, o índice ficou em 3,75%. Trata-se da maior inflação anual desde 2016, quando o índice ficou em 6,29%, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10). Em dezembro, o IPCA acelerou para 1,15%, após ter registrado taxa de 0,51% em novembro, segundo divulgou nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do maior resultado para um mês de dezembro desde 2002, quando o IPCA ficou em 2,10%. O resultado ficou acima do esperado pelo mercado. Os analistas das instituições financeiras previam uma inflação de 4,13% em 2019, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Apesar de ter ficado acima do centro da meta, a inflação oficial ficou dentro do limite de variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Pela meta estabelecida, a inflação poderia ficar entre 2,75% e 5,75%.