quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Grupo Pão de Açúcar vê potencial venda de ativos não essenciais após forte queda no lucro


O Grupo Pão de Açúcar vê potencial parar mais de três bilhões de reais em ativos não essenciais nos próximos meses, disse nesta quinta-feira (20) o vice-presidente de finanças, após resultados trimestrais aquém do esperado derrubarem as ações da varejista. "Estamos olhando e temos bastante oportunidade de monetizar ativos, umas de curto prazo, outras de médio prazo", afirmou Christophe José Hidalgo em teleconferência com analistas e investidores para comentar o balanço do quarto trimestre. Hidalgo citou ativos imobiliários, postos de gasolina e até mesmo operações na Argentina ou no Uruguai como possíveis alvos. Perto das 14h45, as ações do GPA caíam 7,36%, enquanto o Ibovespa recuava 1,43%. O grupo varejista GPA, dono das bandeiras Pão de Açúcar, Extra e Assaí, divulgou na quarta-feira que teve tem lucro líquido consolidado de R$ 98 milhões no quarto trimestre, queda de 71,4% ante mesma etapa de 2018. Os comentários surgem também no momento de consolidação no varejo alimentar brasileiro, com maior concorrência com redes regionais e competidores maiores, como o Carrefour Brasil. No último domingo, o Carrefour Brasil anunciou acordo para comprar 30 lojas e 14 postos de gasolina da varejista Makro, de propriedade da holandesa SHV Holdings, por R$ 1,95 bilhão, num esforço para impulsionar a unidade de atacarejo Atacadão. O GPA também quer acelerar sua própria divisão de atacarejo em 2020, com 20 novas lojas e 10 conversões de hipermercados Extra para Assaí, segundo o presidente do Assaí, Belmiro Gomes. O resultado do 4º trimestre do GPA veio abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 327,6 milhões de reais. Já a performance operacional do grupo medida pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, somou 1,06 bilhão de reais entre outubro e dezembro, queda de 15,9% ano a ano, mas praticamente em linha com a previsão média de analistas, de 1,03 bilhão de reais. A receita líquida do GPA, que concluiu em dezembro a compra do colombiano Grupo Éxito, cresceu 23,6% no trimestre, sobre um ano antes, a R$ 17,3 bilhões. Na outra ponta, as despesas com vendas, gerais e administrativas avançaram 18,5%, para 2,43 bilhões de reais. A companhia afirmou no relatório de resultados que planeja continuar a acelerar expansão orgânica da rede Assaí, do chamado atacarejo, com a abertura de aproximadamente 60 novas lojas da marca nos próximos três anos, e estuda a conversão de cerca de 20 lojas Extra Hiper para Assaí. O GPA também definiu meta de atingir faturamento bruto de R$ 50 bilhões para essa linha de negócios em 2022. Em 2019, a receita bruta foi de R$ 30,3 bilhões. O GPA também planeja abrir, reformar ou converter de 20 a 24 lojas na Colômbia, 4 a 6 no Uruguai e 2 a 3 na Argentina, tudo em 2020.

Banco do Brasil libera R$ 15 bilhões para o pré-custeio da safra 2020-2021


O Banco do Brasil disponibilizou R$ 15 bilhões para a compra antecipada de insumos agrícolas, através do pré-custeio da safra 2020-2021, uma linha de crédito voltada ao produtor rural que deseja se preparar para a formação da lavoura. O valor é 47% maior do que o contratado pelos produtores rurais na última safra, quando o banco liberou cerca de R$ 10 bilhões para a linha. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (20) pelo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes. Ele disse que a medida permite maior flexibilidade no planejamento dos agricultores. “Os recursos do pré-custeio possibilitam aos nossos clientes adquirirem os seus insumos de forma antecipada, com melhores condições de compra, o que permite aumentar a rentabilidade dos negócios. Permite também começar já a movimentar mais a economia, principalmente, a economia do campo”, afirmou. Os produtores que desejam financiar lavouras de soja, milho, algodão, café, arroz, e cana-de-açúcar podem solicitar a linha de pré-custeio a partir desta quinta. As operações podem ser contratadas com recursos controlados, com taxas a partir de 6% ao ano; e não controlados (Letra de Crédito Agrícola - LCA), com taxas a partir de 6,1% ao ano. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, cabe ao produtor rural analisar qual dos recursos ofertados é melhor para o seu negócio. "O produtor tem a opção de fazer a conta, ele põe o juro e vê o tamanho da diferença que terá para essas compras antecipadas, ele pode ganhar muito com isso" afirmou.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Galaxy Fold, celular com tela dobrável da Samsung, chega ao Brasil por R$ 12.999


A Samsung anunciou nesta quinta-feira (16) a chegada no Brasil do Galaxy Fold, smartphone com tela dobrável da empresa. O aparelho, que é o primeiro do tipo a ser vendido no Brasil, sai por R$ 12.999 e começa a ser vendido no dia 22 de janeiro. O Galaxy Fold foi anunciado globalmente durante um evento da Samsung em fevereiro de 2019 e chamou atenção por ser o primeiro telefone desse tipo lançado pela empresa. O aparelho tem com 6 câmeras e uma tela de 7,3 polegadas na parte de dentro— quase um tablet pequeno —, além de uma tela menor de 4,6 polegadas, na parte externa, para tarefas mais cotidianas. Por causa das duas telas, existe uma função de continuidade de aplicativo: quando o celular é aberto, a função que estava sendo utilizada na tela menor é transferida automaticamente para a tela maior. O Galaxy Fold também vem com uma “super bateria”, de 4.380mAh com carregamento super rápido. Ele conta também com um processador Snapdragon 855 de oito núcleos, 12GB de memória RAM e 512GB de armazenamento. Nas câmeras, são 6 — uma na frente, duas no meio e três atrás. Veja as especificações: Câmera frontal: 10MP com abertura f/2.2; Câmeras do interior: 10MP com abertura f/2.2 e 8MB com abertura f/1.9, para efeito desfocado em selfies; Câmeras traseiras: ultra-grande angular com 16MP, grande angular com 12MP e tele com 12MP, para zoom óptico de 2x. As vendas são exclusivas pelo canal on-line, mas o aparelho está disponível em 15 lojas da empresa para que os consumidores possam conhecer o smartphone. O aparelho que chega ao país é uma espécie de "segunda versão" do Galaxy Fold. No ano passado, depois do lançamento, os primeiros modelos do smartphone apresentaram um defeito na tela depois que uma película era removida. O problema aconteceu com jornalistas e influenciadores que receberam o celular para testes. Depois da falha, a Samsung adiou a chegada do produto aos consumidores e o executivo responsável pela área de dispositivos móveis, DJ Koh, admitiu que o aparelho foi apresentado ao mercado "antes de ele estar pronto". Para a chegada no Brasil, a Samsung anunciou um serviço premium de atendimento para o produto. De acordo com a empresa, o consumidor que adquirir contará com "um pacote de serviços de atendimento ao cliente exclusivo, que inclui especialistas disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, fila expressa nas assistências técnicas, serviço leva e traz em caso de reparo do aparelho e smartphone reserva em caso de assistência, para que o consumidor esteja sempre conectado".

Hyundai e Kia investem US$ 110 milhões em startup britânica de vans elétricas



A Hyundai e Kia anunciaram investimento em uma startup britânica de veículos elétricos que planeja começar a vender vans comerciais elétricas em 2021. As montadoras estão fazendo um aporte de 110 milhões de euros na startup Arrival. Fundada em 2015 e com sede em Londres, a Arrival desenvolveu uma van futurista voltada para o mercado de entregas comerciais. A empresa disse que sua van terá uma bateria com alcance de pouco menos de 500 quilômetros. A Arrival disse que trabalhará com Hyundai e Kia para desenvolver uma variedade de veículos elétricos, inicialmente para o mercado comercial. A startup informou que seus veículos serão equipados com recursos avançados de assistência ao motorista e podem ser atualizados com sistemas de direção autônoma. Os veículos foram projetados para serem vendidos pelo mesmo preço que modelos similares movidos a motores de combustão interna e para serem construídos em pequenas "microfábricas". Essa estratégia é o oposto da rival norte-americana Tesla que utiliza as chamadas "gigafábricas". Há alguns meses, a Arrival, que até agora tem operado com muita discrição, contratou o veterano da General Motors, Michael Ableson, para dirigir suas novas operações norte-americanas. Com uma pequena fábrica em Banbury, Inglaterra, a Arrival disse que agora tem 800 funcionários em cinco países, incluindo Alemanha, Rússia e Israel. A empresa informou que seus protótipos de vans estão sendo testados por Royal Mail, DHL e UPS.

Safra de café do Brasil em 2020 deve crescer 25%, diz Conab


A safra total de café do Brasil em 2020 deve somar entre 57,15 milhões e 62,02 milhões de sacas de 60kg, com avanço de até 25,8% frente ao ano anterior, afirmou nesta quinta-feira (16) a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu primeiro levantamento para a temporada. Segundo a Conab, a maior produção de café arábica, influenciada pela bienalidade positiva da cultura (um ano produz mais, outro menos), pesou na previsão do resultado da safra. A produção de café arábica foi estimada entre 43,20 milhões e 45,98 milhões de sacas, alta de 26% a 34% na comparação anual. Já a safra de robusta deve ficar entre 13,95 milhões e 16,04 milhões de sacas, o que pode representar de queda de 7,1% a alta de 6,8% ante 2019.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Visa compra ‘fintech’ Plaid por US$ 5,3 bilhões


A rede de pagamentos eletrônicos Visa anunciou um acordo para comprar a fintech Plaid, rede que facilita o acesso e o compartilhamento de dados financeiros dos clientes, por US$ 5,3 bilhões. Segundo a Visa, as soluções da Plaid permitem que os consumidores compartilhem informações financeiras com milhares de aplicativos e serviços, como Acorns, Betterment, Chime, Transferwise e Venmo. A Plaid é líder em ferramenta de conectividade em grande escala. “Hoje, uma em cada quatro pessoas com uma conta bancária nos Estados Unidos usou o Plaid para se conectar a mais de 2,6 mil aplicativos de fintechs em mais de 11 mil instituições financeiras”, disse a Visa, em comunicado. Para a Visa, a aquisição possibilita entrar em novos negócios e oferecer serviços complementares aos clientes. "Primeiro, os negócios centrados em fintechs da Plaid abrem novas oportunidades de mercado para a Visa nos EUA e internacionalmente. Em segundo lugar, a combinação de Visa e Plaid possibilita a oportunidade de oferecer recursos avançados de pagamento e serviços de valor agregado relacionados aos desenvolvedores de fintechs. Por fim, a aquisição permitirá que a Visa trabalhe ainda mais próxima com as fintechs em todas as etapas de seus desenvolvimentos e impulsionará o crescimento do negócio principal da Visa", acrescentou. A transação está sujeita a aprovações regulatórias. A Visa espera concluir o negócio nos próximos três a seis meses.