segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Huawei lançará sistema operacional Harmony para mais dispositivos, mas ainda não em smartphones e tablets


A gigante chinesa de tecnologia Huawei planeja utilizar o sistema operacional Harmony em mais de seus produtos no próximo ano e os promoverá na China e no exterior, disse um porta-voz da Huawei nesta segunda-feira (9). Mas, atualmente, não há planos de lançar o sistema operacional nos celulares, tablets e computadores, os produtos mais populares da Huawei, acrescentou o porta-voz. Os planos foram relatados pela primeira vez no jornal Shenzhen Special Zone Daily, apoiado pelo governo, que citou comentários feitos por Wang Chenglu, presidente da divisão de software do grupo de negócios ao consumidor Huawei, em um evento realizado na cidade de Shenzhen, onde a empresa é sediada. A Huawei apresentou seu sistema operacional em agosto como uma possível alternativa ao Android, do Google, uma vez que lida com as restrições comerciais dos Estados Unidos que ameaçam reduzir seu acesso à tecnologia fabricada por empresas norte-americanas. Por causa disso, o Google cortou laços com a Huawei e as atualizações do Android nos celulares da chinesa ficaram rodeadas de incerteza. Quando apresentou o sistema Harmony em agosto, a empresa já havia anunciado que a prioridade seriam outros dispositivos. Richard Yu, diretor da divisão de negócios para consumidor da Huawei, disse na ocasião que a empresa pode começar a usar o HarmonyOS em smartphones "a qualquer momento", mas por enquanto estaria dando prioridade para o Android. Uma smart TV, foi o primeiro produto a usar o Harmony, chamado Hongmeng em chinês, mas a empresa disse na época que continuaria utilizando o Android para smartphones e gradualmente lançaria o Harmony em outros dispositivos, como relógios inteligentes, alto-falantes e dispositivos de realidade virtual. Wang reiterou essa postura no evento e observou que a empresa ainda prefere usar o Android em seus telefones, de acordo com o jornal Shenzhen Special Zone Daily.

Mercado aumenta estimativa de inflação e de crescimento da economia em 2019


Os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de inflação para este ano pela quinta semana seguida, e também passaram a projetar um crescimento maior da economia brasileira. As projeções constam no boletim de mercado conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC). Os dados resultam de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras. De acordo com a instituição, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2019 de 3,52% para 3,84%. A expectativa de inflação do mercado para 2019 segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2020, o mercado financeiro manteve em 3,60% sua previsão. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar de 2,5% a 5,5%.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

BNDES estima R$ 15,9 bilhões em investimento privado em saneamento em 5 anos


O chefe do Departamento de Estruturação de Parcerias 1 do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guilherme Albuquerque, afirmou que os projetos do banco para a atração de capital privado para saneamento em Estados e municípios preveem investimentos de R$ 61,7 bilhões ao longo dos próximos 35 anos. Desse montante, R$ 15,9 bilhões estão previstos para os primeiros cinco anos. Saneamento básico: maior parte das grandes cidades reinveste menos de 30% do que arrecada Albuquerque apresentou o trabalho do BNDES na área em evento nesta sexta-feira (6), na sede da instituição, no Rio. Ele é um dos responsáveis pela modelagem de projetos para a concessão dos serviços de água e esgoto junto a prefeitos e governadores. Segundo o técnico, a expectativa é que a participação privada aumente os investimentos no setor em mais de quatro vezes, levando em conta o montante despendido entre 2013 e 2017. O especialista do BNDES afirmou que o corpo técnico do banco está convencido da possibilidade de êxito na atração de capital privado para a área. Mas acrescentou que isso exige longa preparação de projetos, que estão mais adiantados em Estados como Acre, Amapá e Rio de Janeiro. Segundo o BNDES, dos 445 municípios onde os estudos foram iniciados, apenas 84 tinham planos municipais de saneamento publicados e, ainda assim, quase todos precisaram ser “ajustados ou refeitos”. Do ponto de vista financeiro, afirmou, havia inadimplência variando de 9% a 50% entre os consumidores dos serviços, e alto nível de endividamento - o que impossibilitaria investimentos necessários à “continuidade operacional” dos negócios, observou.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Larry Page deixa posto de presidente-executivo da Alphabet, dona do Google


Larry Page, presidente-executivo (CEO) da Alphabet, dona do Google, anunciou nesta terça-feira (3) que deixará o posto. Em seu lugar vai assumir Sundar Pichai, que comanda o Google desde 2015. Os dois cargos serão transformados em um só. Page, cofundador do Google, anunciou a decisão em uma carta no blog da empresa. Ela também é assinada pelo outro fundador da companhia, Sergey Brin, que deixará a presidência da Alphabet. "Alphabet e Google não precisam mais de dois CEOs e um presidente", escreveram Page e Brin, comparando as empresas a um "jovem adulto de 21 anos" que já pode sair do ninho. Apesar de deixarem o comando do grupo, os fundadores dizem que vão continuar se comportando como "pais". Page e Brin fundaram o Google em 1998. A Alphabet foi criada em 2015, quando a gigante de tecnologia passou por uma profunda reformulação. A Alphabet é o "guarda-chuva" debaixo do qual estão as várias empresas do grupo, incluindo o Google Inc, responsável pelo buscador, o YouTube, o Chrome, o Android e o Gmail, entre outros serviços, e outras vertentes de atuação, como os carros autônomos, responsabilidade da Waymo.

United Airlines encomenda 50 Airbus A321XLR para substituir frota da Boeing


A companhia americana United Airlines anunciou na terça-feira que encomendou 50 aviões Airbus A321XLR, pelo valor de US$ 6,5 bilhões ao preço de catálogo, com o objetivo de substituir sua frota da Boeing. Os Airbus, que serão entregues a partir de 2024, substituirão a frota de Boeing 757-200, informou a empresa. A decisão é um duro golpe para a construtora aeronáutica americana, que enfrenta uma grave crise a respeito do modelo 737 MAX, que permanece em terra em todo o mundo depois de dois acidentes que deixaram 346 mortos. A Boeing não tem no momento um novo avião de segmento médio para competir com o A321XLR. "A Boeing não oferece atualmente nenhuma aeronave capaz de substituir o 757", declarou à AFP uma fonte especializada, segundo a qual as negociações entre Airbus e United começaram "há vários meses". Com o trabalho para tentar promover o retorno do MAX às operações, a Boeing teve que adiar para 2020 o eventual anúncio do lançamento de uma nova aeronave, o NMA. Ao mesmo tempo, a United Airlines anunciou o adiamento por 5 anos da recepção dos 45 Airbus A350 para longas distâncias ordenados em 2017, para dar prioridade às aeronaves de média capacidade A321XLR. A companhia aérea informou que começará a receber estes modelos a partir de 2027, e não de 2022 como estava previsto inicialmente. O modelo A321XLR, apresentado em junho no Salão Aeronáutico de Paris, permite abrir novas rotas de longa distância entre cidades secundárias com uma aeronave mais barata, de apenas um corredor, mais fácil de ocupar e, portanto, mais rentável. "O A321XLR permitirá a United explorar destinos adicionais para cobrir a Europa a partir de seus centros na costa leste americana, Newark/Nova York e Washington", afirmou a empresa em um comunicado.

Bovespa renova máxima e supera os 110 mil pontos, com exterior positivo e ânimo com economia do país


O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, sobe nesta quarta-feira (4), renovando máxima histórica durante o pregão, com a alta de Petrobras e Vale entre os principais suportes. A valorização tem como pano de fundo um cenário positivo no exterior, com alta de commodities e também em mercados acionários, segundo Reuters. O noticiário doméstico também impulsionava compras na B3, já que dados positivos da produção da indústria referendam o quadro de recuperação da atividade econômica do país. Às 13h57, o Ibovespa subia 0,99%, a 110.037 pontos. Na máxima até o momento, alcançou 110.068 pontos, recorde durante as negociações. Veja mais cotações. Na véspera, o índice fechou praticamente estável, em alta de 0,03%, a 108.956 pontos. A nova máxima intradia do Ibovespa é resultado da soma de vários fatores, entre eles números melhores sobre a economia, em particular o crescimento acima do esperado do PIB divulgado na véspera, disse à Reuters Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset. O IBGE divulgou na véspera que a economia cresceu 0,6% entre julho e setembro sobre os três meses anteriores, acima do esperado pelo mercado. "Ajuda a consolidar a impressão dos investidores de que o país está crescendo", afirmou à agência. "Ao mesmo tempo, não podemos esquecer, que, na semana passada, grandes bancos globais recomendaram em bloco o Brasil, sugerindo que os estrangeiros podem estar voltando", comentou. Ainda no Brasil, a produção industrial cresceu 0,8% em outubro na comparação com setembro, informou nesta quarta-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), melhor resultado desde 2012 e acima do esperado. Para o time da Terra Investimentos, a melhora apresentada pela produção industrial reforça o otimismo na economia interna. "O cenário econômico brasileiro começa a traçar certa melhora, com projeções de expectativas para o PIB sendo elevadas pelo mercado, aliada a uma continuidade de inflação e taxa de juros baixas", destacou em nota a clientes. "Se o cenário externo não estragar a bolsa brasileira tem tudo para ter um dia de alta hoje", estimou.