quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Apple supera previsões com lucro trimestral de US$ 13,7 bilhões


A Apple anunciou nesta quarta-feira (30) lucros superiores aos esperados durante o último trimestre, impulsionados pelo crescimento dos serviços digitais e dispositivos portáteis, que ajudaram a compensar as vendas mais lentas de seu smartphone, o iPhone. O lucro líquido caiu 3% em relação ao último trimestre, a US$ 13,69 bilhões, e recuou 7%, a US$ 55,26 bilhões em relação aos mesmos meses do ano passado. O lucro por ação ajustado, referência na América do Norte, ficou em US$ 3,03 frente aos US$ 2,84 antecipados pelos analistas. A companhia americana aproveitou o aumento das receitas geradas por suas atividades de serviços, que alcançaram os US$ 12,51 bilhões, 18% a mais do que no mesmo período de 2018. Esse número é positivo para a empresa, que quer lançar seu novo serviço de streaming, a Apple TV +, neste final de semana. As vendas trimestrais do iPhone, cujo último modelo foi lançado no mercado em setembro, geraram US$ 33,36 bilhões, 9,3% a menos do que no ano passado, mas um valor superior ao antecipado pelos analistas. O diretor-executivo da companhia, Tim Cook, informou que o volume de negócios no último trimestre (US$ 64,04 bilhões) foi o melhor já conseguido pela Apple.

Gol tem prejuízo de R$ 171,1 milhões no terceiro trimestre


A companhia aérea Gol teve prejuízo de R$ 171,1 milhões no terceiro trimestre, queda de 60,5% em relação a mesmo período do ano passado. No 2º trimestre, a empresa havia reportado prejuízo de R$ 120 milhões. O resultado refere-se aos ganhos atribuído aos acionistas, antes de participação minoritária. Já o resultado após a participação minoritária também ficou negativo, em R$ 242 milhões. Nesse caso entram as despesas não recorrentes. No entanto, o prejuízo de julho a setembro foi 54,6% menor em relação a 2018 (R$ 533,5 milhões). Apesar do resultado negativo, a receita líquida aumentou 28,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, para o recorde trimestral de R$ 3,7 bilhões, devido principalmente ao aumento de 29,5% na receita de passageiros, de 5,7% nas receitas com transportes de cargas e de 7,2% nas receitas do programa de fidelidade. A Gol ainda informou que cortou sua projeção de margem de lucro antes de juros e impostos (Ebit) de 2019 para 17% ante 18%, mantendo em 19% a estimativa para 2020. O número de passageiros transportados por quilômetro voado aumentou 12,8%, totalizando 11,1 bilhões no terceiro trimestre, enquanto o crescimento em assento por quilômetro ofertado (ASK) foi 7,6%, impulsionado pelo aumento do número de passageiros. De julho a setembro, a empresa transportou mais de 9,8 milhões de clientes, um crescimento de 13% comparado com o mesmo período do ano anterior, resultando em um market share doméstico de 38%, segundo dados da ANAC, no mercado doméstico brasileiro. A taxa de ocupação média foi de 82,9%, aumento de 3,8 pontos percentuais em relação ao 3º trimestre de 2018. Houve aumento tanto no número de assentos ofertados (7,8%) quanto na quantidade de decolagens (7,3%). O valor médio pago por passageiro por quilômetro voado subiu 14,8% (de R$ 27,44 no 3º trimestre de 2018 para R$ 31,50 neste ano), resultando em receita por assento por quilômetro voado líquido de R$ 26,12 centavos, aumento de 20,4% em comparação ao ano passado.

Bradesco vai fechar 300 agências em 2020


O Bradesco, segundo maior credor do setor privado do Brasil, fechará cerca de 300 agências em 2020, como parte de um esforço para enfrentar maiores despesas operacionais que afetaram os ganhos do terceiro trimestre, disse o presidente do banco na quinta-feira (31). O Bradesco registra neste ano custos acima do esperado, ficando aquém de suas próprias metas e decepcionando investidores. Em janeiro, o banco informou que seus custos aumentariam até 4% em 2019, mas subiram 7,5% nos primeiros nove meses do ano. Isso pesou sobre as ações do Bradesco na quinta-feira, que caíam cerca de 4%, apesar de o banco ter registrado lucro líquido trimestral em linha com a projeção dos analistas, a R$ 6,5 bilhões. O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, disse a jornalistas em uma teleconferência que o banco fechará 150 agências já neste ano. O banco encerrou setembro com 4.567 agências. Lazari disse que um recente programa de demissão voluntária também ajudará a cortar custos. Ele disse que 3 mil trabalhadores já aderiram ao programa, cerca de 3% do seu quadro de funcionários. O Bradesco também vem renegociando melhores condições para contratos de fornecedores e fechado acordos em disputas trabalhistas.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Alta no preço da carne bovina no Brasil é 'inevitável' com ritmo acelerado de exportação, dizem frigoríficos


O aumento nos preços da carne bovina no Brasil é inevitável, considerando a forte demanda externa e a oferta restrita da proteína no país, disse nesta terça-feira (29) a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). De acordo com nota da entidade, o crescimento das exportações puxou a alta nos preços, com as firmes compras de China e Rússia fazendo com que a parcela dos embarques do produto ultrapassasse os tradicionais 20% da produção local. "É uma situação de mercado, que fortalece todo o setor da pecuária e sua cadeia produtiva... e que é inevitável diante da procura pelo produto brasileiro", disse o presidente-executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar, no comunicado. O mercado de boi tem refletido a alta demanda para a exportação. Recentemente, os preços em São Paulo atingiram máximas nominais, de R$ 166,50 por arroba, superando recordes de abril de 2016, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Além de russos e chineses, que vêm realizando a habilitação de mais frigoríficos brasileiros para exportação, novos mercados ganharam espaço no setor de carnes do país, como Turquia e Indonésia. A Abrafrigo destacou que os movimentos de altas dos preços ganharam força em agosto e atingiram um ponto irreversível em outubro. "Neste espaço de tempo de três meses os preços da carne bovina evoluíram 25% e não há como deixar de repassar estas elevações ao consumidor, pelo menos enquanto a oferta de bois continuar restrita", afirmou Salazar. Ele prevê que a restrição da oferta se mantenha "por algum tempo, como consequência do aumento das exportações". No acumulado de janeiro a setembro de 2019, os embarques de carne bovina do Brasil somaram 1,2 milhão de toneladas, alta de 9,2% em relação a igual período do ano anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

PIB dos EUA cresce 1,9% no 3º trimestre


A economia dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anual de 1,9% no terceiro trimestre deste ano, segundo dados preliminares divulgados nesta quarta-feira (30) pelo escritório oficial de estatísticas do país (BEA). O resultado representa uma leve desaceleração em relação aos três meses anteriores, quando o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou expansão de 2%. Em dólares correntes, o PIB cresceu 3,5%, ou US$ 185,6 bilhões, para US$ 21,53 trilhões. Segundo o BEA, o crescimento no trimestre de julho a setembro reflete contribuições positivas do consumo das famílias, gastos do governo, investimentos residenciais e gastos dos estados e governos locais, além das exportações. Por outro lado, houve contribuições negativas das importações e dos investimentos não residenciais. As importações também cresceram, contribuindo negativamente para o PIB norte-americano.

Repsol Sinopec Brasil rejeita termos de mega leilão do pré-sal


A Repsol Sinopec Brasil considerou pouco atraentes os termos de um mega leilão de áreas no pré-sal que o governo brasileiro realizará na próxima semana, o que deixou a companhia de fora do grupo de 14 petroleiras habilitadas a fazer propostas no certame que oferecerá excedentes da chamada cessão onerosa, disse o principal executivo da companhia no país na terça-feira (30). Questionado nos bastidores do congresso internacional OTC Brasil 2019 sobre se os bônus de assinatura fixados para o leilão eram muito caros, o CEO da Repsol Sinopec Brasil, Mariano Ferrari, disse: "Nós não estamos participando, o que deve responder sua pergunta." O leilão, agendado para 6 de novembro, terá uma cobrança de bônus de assinatura no total de US$ 106,5 bilhões se consideradas todas áreas ofertadas. A vai ofertar os excedentes (volumes superiores aos 5 bilhões de barris que a Petrobras tem o direito de produzir nesses locais) de quatro áreas do pré-sal da Bacia de Santos: Búzios, Itapu, Atapu e Sépia. As áreas do leilão representam o mais próximo de uma aposta certeira no mundo da produção de petróleo offshore, uma vez que a Petrobras já realizou trabalhos significativos de exploração. Como resultado, já se sabe que as áreas possuem bilhões de barris de petróleo, o que reduz o chamado risco exploratório. Esse argumento tem sido usado pelo governo para a cobrança dos pesados bônus, além de uma parcela da produção futura, o que reduz as margens de lucro e tem afastado algumas empresas. Mas a Repsol Sinopec, uma joint venture entre a espanhola Repsol e o grupo chinês Sinopec, deve participar em um outro leilão, no dia 7 de novembro, no qual o governo espera levantar US$ 7,85 bilhões em bônus de assinatura. Mais cedo na terça-feira, Miguel Pereira, CEO da Galp Energia, unidade da portuguesa Petrogal, disse que os termos do leilão dos excedentes da cessão onerosa tornaram "bastante difícil" a participação da empresa. O acordo da chamada "cessão onerosa" foi fechado pela Petrobras com a União em 2010 e permitiu à estatal explorar 5 bilhões de barris de petróleo em campos do pré-sal na Bacia de Santos, sem licitação. Em troca, a empresa pagou R$ 74,8 bilhões. De lá para cá, no entanto, descobriu-se que a reserva é bem maior - um excedente estimado em até 15 bilhões de barris adicionais. É a exploração desse excedente que será leiloada.