sábado, 26 de abril de 2014

Comunicação interna eficiente evita rádio peão

Fofoca é um mal que atinge empresas de qualquer porte. Deixa o clima tenso, cria insegurança, atrapalha o desempenho dos funcionários e pode até ter consequências mais sérias para os envolvidos e para o próprio negócio. Como é dificílimo eliminar definitivamente a rádio peão, assim chamada a disseminação de boatos no ambiente de trabalho, o melhor que o empreendedor tem a fazer é manter uma boa comunicação interna. Quando a empresa não se pronuncia ou erra o momento de fazê-lo, dá espaço para rumores se propagarem. A curiosidade das pessoas, que querem estar a par do que ocorre, fala mais alto. Para reduzir as fofocas, o gestor deve manter um diálogo (não monólogo) frequente com a equipe; precisa dizer o que espera dos empregados, quais os rumos do negócio e ouvi-los. A linguagem tem de ser clara, objetiva, sem termos técnicos, pois só assim a mensagem será compreendida. Os boatos podem partir de um funcionário que tem contato com a direção ou que está há muito tempo na casa e por isso goza de certa credibilidade. Ele representa um líder informal. Porém, em vez de deixá-lo à vontade para criar suas teorias ou espalhar fragmentos imprecisos de informações, o empreendedor pode aproveitá-lo como representante da equipe e integrá-lo a encontros em que se discutem melhorias no ambiente de trabalho. Ele passa a ser um aliado na transmissão do que é verdadeiro. Reuniões periódicas, mural com comunicados e e-mails informativos são ferramentas úteis para inteirar os empregados do que está em curso. No entanto, nem todos os assuntos podem ser repassados indistintamente. Quando uma mudança grande ou negociação estiver em andamento, é prudente avaliar qual o momento adequado para fazer a divulgação. Uma informação transmitida precipitadamente pode suscitar dúvidas e especulações. Dados estratégicos só devem ser tratados entre os realmente envolvidos na questão, para evitar ao máximo vazamentos. Saber comunicar-se internamente reduz curtos-circuitos domésticos e preserva a imagem da empresa, pois o alcance da rádio peão pode se estender para além dos corredores. Artigo de Bruno Caetano, diretor superintendente do Sebrae-SP

terça-feira, 22 de abril de 2014

O que é Administração de Pessoal?

 
O setor de Administração de pessoal é uma das partes fundamentais para a estrutura de uma organização, normalmente representada por um quadro diminuto de funcionários, o que não desmerece a sua importância dentro da empresa. Entre as atividades básicas do setor de administração pessoal podemos citar a admissão, demissão, treinamento e demais funções que tem como intuito nortear o colaborador dentro do regime da empresa. A rotina do setor de administração pessoal, por ser responsável por diversas atribuições ligadas à legislação trabalhista, deve manter-se constantemente atualizada sobre a legislação trabalhista para evitar qualquer tipo de problemas judiciais, seja com colaboradores, ex-colaboradores, fornecedores e demais relações empresariais. A parte de tributação e fiscalização pelos órgãos responsáveis também é uma obrigação desse departamento, que deve revisar constantemente as mudanças tributárias e fiscais para evitar problemas com as unidades reguladoras.
 
O profissional com conhecimentos em administração pessoal pode trabalhar nas mais diversas áreas devido ao caráter fundamental do setor em toda e qualquer empresa, seja ela de pequeno ou grande porte, privada ou estatal. Dependendo do grau de especialização do profissional ele pode ser remanejado para diversas áreas, ou seja, a polivalência operacional do profissional de administração pessoal é um dos trunfos para ele manter-se sempre requisitado pelo mercado. Onde e como cursar?
 
Os interessados em ingressar na área de administração pessoal devem buscar um curso que o qualifique para tal função. Os cursos disponíveis no mercado podem ser presenciais ou à distância, devido à necessidade de atividades teóricas e práticas, os métodos escolhidos irão apresentar vantagens e desvantagens. Por fim fique atento à reputação e a qualidade das certificações oferecidas ao término do curso, elas poderão fazer a diferença na hora de ingressar no mercado. Dê preferência a instituições que ofereçam cursos de qualidade e com certificados reconhecidos nacionalmente.

sábado, 22 de março de 2014

Vestindo a camisa da empresa - Por Cristiano Brasil

 
As empresas precisam de colaboradores que vistam a camisa, você já ouviu essa expressão? Com certeza já ouviu, mas no fundo, o que isso significa?
Vestir a camisa da empresa significa pensar e se sentir como parte da empresa, tendo noção de que se a empresa for bem você também vai bem e se a empresa for mal, consequentemente você também irá mal.
Quantas vezes você andando pelo pátio da empresa viu um prego, um pedaço de ferro no chão e não juntou?  Pois esse prego pode furar o pneu de um veículo da empresa e gerar uma despesa desnecessária.  Isso é vestir a camisa. Isso é ver o que pode estar errado ao seu redor e mesmo que não seja sua atribuição, que tente resolver.
 
Quantos funcionários fumam e depois jogam os “tocos” de cigarro no chão? Alguém terá que limpar isso... Pra empresa é um custo a mais...  Quanto mais custo a empresa tiver, menos sobra para um possível aumento de salário.
Quantas vezes, você saiu da sala e não apagou as luzes? Não é meu... o Patrão é rico...  Ouço muito isso.
Esse funcionário que está sempre jogando contra a empresa, que diz o patrão é rico, infelizmente está literalmente “dando um tiro no pé”.
 
Gostaria que você fizesse agora, um exercício mental: Imagina o seu local de trabalho. Sua mesa, lá na empresa. A máquina no qual você trabalha. Imagine olhando ao redor...
Agora me diga: O que você pode fazer, o que poderia sugerir para melhorar esse ambiente? Para evitar desperdícios lá no seu local de trabalho...  Qual sua sugestão para que possa produzir mais, melhor e menos tempo?
Sua contribuição é muito importante, pois você que trabalha 8 horas por dia, por no mínimo 5 dias da semana nesse local é a pessoa que mais tem a falar, como podemos mudar para melhor!
 
Pense nisso e faça hoje mesmo esse exercício na empresa onde trabalha.
Vá até seu gerente e lhe diga suas sugestões para melhorar o desempenho, para reduzir custos ou para melhorar algum processo.
Agora sim, você vestiu a camisa da empresa. Imagine todos saberem que a empresa agora produz mais e melhor, reduz melhor seus custos por uma ideia que partiu de você? Já pensou nisso?
Vista a camisa e seja feliz em seu trabalho!
Até a próxima semana!
Cristiano Brasil
 
 
Empresário, Palestrante, Pós graduado MBA em Gestão Financeira e Pós graduado Especialista em Mercado de Capitais, Certificado a atuar como Agente de Investimentos credenciado á Corretora Geral Investimentos e Câmbio, Sócio Diretor da i9 Investimentos. Presta auxilio no planejamento financeiro de famílias, casais, pessoas físicas e jurídicas.
Certificado ANCORD credenciado junto á CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e BACEN (Banco Central do Brasil). Certificado PQO seguimento BM&F e BOVESPA credenciado junto á Bolsa de Valores.
Autor do livro de Bolso “A Cartilha do Dinheiro” onde lista mais de 80 dicas de como a família pode economizar no dia-a-dia.
Cristiano Brasil é Vice Presidente Regional do CEJESC (Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de SC) para o Extremo Sul Catarinense.
contato@i9investimentos.com.br
+55 (48) 9949-7993
+55 (48) 9958-4168
http://www.poupeeinvista.blogspot.com

Fonte: http://www.programacases.com.br/coluna/voce-veste-a-camisa-da-empresa-

domingo, 9 de março de 2014

Cuidados da empresa quando o empregado faz "corpo mole" para ser demitido

 
A relação empregatícia é sempre originada da vontade das partes - empregado e empregador - que, em comum acordo, resolvem estabelecer o vínculo de emprego. Se há apenas a vontade de uma das partes, este vínculo não acontece, seja por conta do salário e dos benefícios oferecidos pela empresa que não satisfez o trabalhador candidato, seja por conta das qualificações e competências do trabalhador candidato que não atenderam aos requisitos estabelecidos pela empresa. Da mesma forma que as partes tomam a iniciativa para se estabelecer ou não esta relação contratual no ato da admissão, assim também deveria o ser para se romper o vínculo empregatício. Infelizmente nem sempre isto acontece de maneira "saudável" por conta do desgaste no relacionamento interno entre empregado e empregador (entenda-se aqui chefes, encarregados, gerentes), o que acaba desencadeando insatisfações de ambas as partes. São inúmeras as situações em que o empregado, já insatisfeito com a empresa ou com o chefe, começa a agir de forma diferente de como sempre vinha fazendo no desempenho de sua função, deixando claro sua intenção em sair da empresa. Para não perder alguns direitos garantidos pela legislação trabalhista no caso de demissão imotivada, o empregado começa a fazer "corpo mole" na esperança de que a empresa se "sature" de suas atitudes e o demita. Por outro lado a empresa, percebendo a atitude do empregado e não querendo arcar com custos desnecessários, não dá o "braço a torcer" e aí começa a "guerra". O primeiro age com provocações como, faltas ao trabalho, desleixo no desempenho das atividades, descumprimento parcial de ordens, entrega em atraso de trabalhos visivelmente fáceis de serem atendidos, atrasos sem justificativas de forma contínua entre outras artimanhas utilizadas com intuito de ser demitido. A segunda, se utilizando de todo seu poder diretivo e punitivo, atribuindo novas tarefas ao empregado, advertindo-o por faltas e atrasos, investigando atestados médicos e questionando a veracidade dos mesmos, punindo-o com suspensões por faltas injustificadas, transferindo-o para outros setores com objetivo de provocar o pedido de demissão. Inúmeros são os artifícios e provocações utilizados por ambas as partes para que, em algum momento, uma se sinta esgotada e acabe "jogando a toalha" e cedendo à vontade da outra. Aquela motivação espontânea que se via no momento do vínculo contratual se rendeu ao desgaste de um relacionamento interno já saturado por intrigas, desavenças, assédios de ambas as partes e falta de respeito, proporcionando um ambiente de trabalho insustentável e impossível de ser mantido. Neste momento é preciso identificar (RH) os agentes causadores deste ambiente. Na verdade deveria ter sido identificado bem antes de gerar todo este transtorno. Mas se não foi possível manter o vínculo, que este seja desfeito da melhor maneira possível. Por isso a empresa deve agir de forma prudente e a conversa, na maioria das vezes, é o melhor antídoto a esse "veneno" que pode desencadear num descontentamento geral da equipe do empregado que está provocando a desligamento, bem como num possível processo trabalhista. Há muitas organizações que preferem desligar de imediato o empregado e manter um ambiente saudável na empresa do que iniciar uma "queda de braço" para ver quem vence no final em detrimento de um descontentamento geral. De forma alguma se está afirmando que se deixar vencer pelas provocações do empregado que faz "corpo mole" seria a melhor saída, até porque a empresa precisa fazer valer as suas regras de forma que todos as cumpram, sob pena de gerar a desconfiança e a insubordinação dos demais empregados. Se o empregado age de forma negligente, com desídia, indisciplina ou insubordinação, utilizar-se de advertências verbais e formais, solicitar o afastamento do empregado pelo departamento médico por conta de inúmeros atestados apresentados, aplicar suspensão disciplinar, punir a remuneração com o desconto de faltas e DSR ou mesmo utilizar-se de outras medidas previstas legalmente como a justa causa, é um direito do empregador garantido pelo art. 2º da CLT. A justa causa está prevista no art. 482 da CLT o qual estabelece quais os atos faltosos cometidos pelo empregado ensejam o justo motivo do desligamento. É preciso avaliar primeiramente se, a utilização destas medidas e o desgaste que se tem ao longo do tempo até que se caracterize uma justa causa, por exemplo, não seria melhor envolver o empregado e porque não, até sua família, para demonstrar que suas atitudes só irão protelar um desligamento que acabará sendo prejudicial a ele mesmo. Convencê-lo a pedir demissão em troca de uma carta de recomendação ou até uma ajuda para recolocação no mercado de trabalho, pode ser uma saída simples, barata e principalmente, sem gerar insatisfação e sem provocar um novo encontro perante a Justiça do Trabalho decorrente de um litígio trabalhista.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Fofocas no ambiente de trabalho: quais os prejuízos e como evitar? - Por Beatriz Nunes Bernardi

 
A conversa é muito benéfica em momentos de descontração da empresa, para a integração entre profissionais e o networking. No entanto, dependendo da maneira em que são feitos os comentários e do assunto sobre o qual vai se vai falar, diálogo pode se tornar fofoca. Criar intrigas, propagar informações confidenciais ou que distorçam comentários de colegas e que, sobretudo, tenham o poder de gerar conflitos, é extremamente prejudicial, tanto para o colaborador que se envolve neste tipo de situação, quanto para o clima organizacional de toda uma corporação. Segundo Beatriz Nunes Bernardi, psicóloga da Mega Sistemas Corporativos, a prática da conversa de corredor, conhecida vulgarmente por “rádio peão”, pode ser um precedente para que um ambiente de tensão e de instabilidade emocional se instale, impactando negativamente no desempenho dos funcionários e fragilizando o espírito de equipe. Nesse sentido, a postura do gestor é fundamental. “É necessário debelar o problema, se ele surgir, de imediato. Existem casos extremos em que a vida pessoal e a reputação de um ou mais colaboradores ou da própria companhia são maculadas devido a fofocas infundadas”, alerta Beatriz. Estar atento em como a equipe se relaciona, certamente, pode ajudar o líder a identificar a origem de um mal-estar coletivo e, assim, reverter a situação. “É esperado que os gestores atuem de forma incisiva e inteligente em relação ao que é comentado nos corredores, acabando com situações de constrangimento e falta de comprometimento profissional de algumas partes. E a ferramenta para isso é o Feedback”, pondera. A psicóloga alerta que a área de Recursos Humanos também deve estar preparada para intervir em casos extremos. “É dever do RH zelar pelas boas relações interpessoais, promovendo um clima favorável para a conquista dos objetivos da empresa e para o crescimento profissional de toda a equipe”, finaliza Beatriz.

sábado, 25 de janeiro de 2014

É bom ser ambicioso no âmbito profissional? Por Roberto Girola

 
Em primeiro lugar cabe perguntar o que entendemos por “ser ambicioso”. Quando tachamos um colega de ser ambicioso, provavelmente estamos querendo nos referir a ele como alguém que enfrenta sua carreira de forma agressiva, disposto a subir a qualquer custo, provavelmente até puxando o tapete dos outros. Neste caso, a palavra “ambicioso” tem uma conotação negativa.
A pesar disso, não é raro que, nas entrevistas de emprego, o entrevistador pergunte ao candidato se ele é ambicioso. Admitir de não ser ambicioso, nesse caso, pode resultar em um ponto a menos para ser contratado. Onde fica então a virtude da humildade? Por que as empresas preferem muitas vezes pessoas agressivas e ambiciosas e descartam os que são mais humildes e despretensiosos?
O motivo é simples, na avaliação dos que conduzem os processos de seleção, os humildes e despretensiosos geralmente tendem a ser mais passivos, fazem o que o chefe pede, ficam quietos no seu canto, mas não se preocupam em trazer melhorias para o seu trabalho, buscar novas tarefas onde possam desenvolver suas habilidades, não buscam novos desafios.
 
Afinal, é bom ou ruim ser ambicioso? Na maioria dos casos, pessoas ambiciosas são tidas como arrogantes e agressivas, mas deve ser necessariamente assim? O ambicioso pode ser humilde, ou é alguém disposto a fazer carreira a qualquer custo, mesmo que isso implique em puxar o tapete dos colegas?
 
Se consultarmos um dicionário (cf. Aurélio) o verbete ambição apresenta definições bastante diferentes:
1. Desejo veemente de alcançar aquilo que valoriza os bens materiais ou o amor-próprio (poder, glória, riqueza, posição social, etc.):
2. Desejo ardente de alcançar um objetivo de ordem superior; aspiração, anelo:
3. Aspiração relativamente ao futuro:
4. Desejo intenso.
 
Não devemos confundir ambição com agressividade desmedida, mau caráter e arrogância. Apenas a primeira definição pode levar a considerar a ambição sob uma ótica eticamente questionável. As demais definições se aproximam da maneira como a ambição pode ser vista do ponto de vista psíquico e ajudam a entender por que os entrevistadores preferem selecionar para um cargo alguém ambicioso.
Na realidade, a ambição está ligada à maneira como o nosso psiquismo encara o mundo externo, a vida, o futuro. Do ponto de vista psicológico, o que move o ambicioso é o desejo, a aspiração. Sem desejo a energia psíquica não se movimenta em direção aos objetos do mundo externo.
Eis porque quem não tem ambição tende a ser passivo e, portanto, pouco interessante do ponto de vista profissional. Quem “deseja” está vivo, atuante, é dinâmico, sai em busca da realização dos seus objetivos. Não há como negar que alguém assim é mais interessante para uma empresa do que alguém apático, parado, que não sabe quais são seus objetivos.
Longe de ser uma desvantagem, a ambição pode ajudar bastante no mundo do trabalho, desde que não leve a ser agressivo com os outros e a faltar com a ética profissional.