terça-feira, 12 de novembro de 2019

Medida Provisória extingue multa adicional de 10% do FGTS


Medida Provisória publicada pelo governo nesta terça-feira (12) estabelece o fim da multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nas demissões sem justa causa. A medida está na mesma MP que criou o programa Verde Amarelo, destinado a incentivar a contratação de jovens. Essa multa – cujo valor é direcionado à Caixa Econômica Federal – foi criada foi criada em 2001 para compensar as perdas históricas causadas pelos planos Verão e Collor. A MP não altera, porém, a multa de 40% que os trabalhadores recebem na demissão sem justa causa – que continuará sendo paga normalmente pelos patrões. A medida já havia sido antecipada no mês passado ao G1 pelo secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. "Essa multa vai acabar. Hoje, o valor dessa multa, em 2019, é da ordem de R$ 5,7 bilhões. Estimamos que, em 2020, esse valor vai ser um pouco acima de R$ 6 bilhões", declarou Rodrigues. Waldery Rodrigues explicou na ocasião que, ao acabar com essa multa adicional, o governo ajuda a reduzir os encargos trabalhistas e, ao mesmo tempo, a recompor o orçamento de 2020 – que poderá contar com mais espaço para gastos. Isso porque o governo arrecada os recursos e os repassa ao FGTS. Ao fazer esse pagamento, os valores contribuem para elevar o teto de gastos.

AB InBev compra Craft Brew Alliance nos EUA por US$ 221 milhões


A Anheuser-Busch InBev (AB InBev) anunciou na noite da última segunda-feira (11) a compra da Craft Brew Alliance (CBA), uma holding de cervejas artesanais com sede em Portland, no Oregon, nos Estados Unidos, por US$ 221 milhões. A AB InBev já detinha uma participação acionária de 31,2% na CBA e tinha a opção de adquirir o restante do capital. Essa opção vencia em agosto mas a companhia não quis fazer a compra à época, o que fez o preço das ações cair 50%. Na última segunda, a AB InBev anunciou a compra das ações que ainda não detinha na holding, por US$ 16,50 por ação, pagas em dinheiro. As ações da CBA operavam em alta antes da abertura do pregão da Nasdaq. Os papéis da AB InBev também subiam na bolsa de Nova York. A maioria das marcas da CBA já são distribuídas pela rede de atacadistas da AB InBev, pelo acordo comercial existente entre as companhias. “A Anheuser-Busch tem um longo histórico de trabalho com cervejarias artesanais para ajudar a tornar a categoria mais forte e mais vibrante nos EUA”, disse em comunicado Michel Doukeris, CEO da Anheuser-Busch. “Nossa parceria com a CBA remonta há muitos anos e esperamos apoiar a CBA para que eles continuem trazendo ótimos produtos para os consumidores nos EUA”, acrescentou. Nos últimos três anos, a AB InBev investiu em torno de US$ 130 milhões em cervejarias artesanais, permitindo um aumento de 31% na produção de cerveja artesanal por meio dessas companhia. A operação está sujeita à aprovação dos acionistas da CBA e dos órgãos de regulação do mercado americano. A expectativa da companhia é concluir a compra em 2020. Fundada em 2008, a CBA opera cervejarias e pubs nos EUA, vendendo cerveja em todos os estados americanos e em mais 30 países. A companhia registrou nos seis primeiros meses de 2019 receita de US$ 113,6 milhões, em queda de 1,5% em relação ao primeiro semestre de 2018. No semestre, a CBA atingiu prejuízo líquido de US$ 4,8 milhões, ante lucro de US$ 4,6 milhões um ano antes.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Preços do bezerro em MS sobem 25% em um ano com mercado do boi gordo valorizado


Os bons preços do boi gordo estão aquecendo a cadeia produtiva de gado de corte como um todo. É o caso de quem cria bezerros e animais de reposição em Mato Grosso do Sul. No estado, a valorização chega a 25% em um ano. Em novembro de 2018, um bezerro de 200 kg era negociado ao preço médio de R$ 1.200. Atualmente o valor chega a R$ 1.500. Em Mato Grosso do Sul a arroba do boi gordo está sendo negociada a R$ 165,00, valor 15% maior em relação ao mesmo período do ano passado.

Irã anuncia descoberta de imenso campo de petróleo


O presidente do Irã, Hassan Rohani, anunciou neste domingo (10) a descoberta de um novo campo de petróleo no sul do país, com mais de 50 bilhões de barris de óleo bruto. O achado pode aumentar em um terço o tamanho das reservas comprovadas de petróleo do país persa. O anúncio de Rohani é feito no momento em que o Irã se vê pressionado pelas sanções americanas, depois de os EUA terem abandonado, no ano passado, o acordo nuclear antes firmado com potências mundiais. Rohani fez o anúncio em um discurso na cidade desértica de Yazde e explicou que o campo está localizado no sul do Irã, precisamente na província de Khuzestan, centro da indústria petrolífera nacional. Segundo ele, mais de 53 bilhões de barris seriam adicionados às reservas comprovadas do Irã, atualmente em cerca de 150 bilhões. "Estou dizendo à Casa Branca que nos dias em que você sancionou a venda de petróleo iraniano, os trabalhadores e engenheiros do país foram capazes de descobrir 53 bilhões de barris de petróleo", afirmou Rohani, segundo a agência semioficial de notícias Fars. As reservas de petróleo referem-se ao petróleo bruto economicamente viável para extração. Os números podem variar muito de país para país devido a diferenças de critério, embora continue a ser uma medida de comparação entre os produtores de petróleo. O Irã tem atualmente o quarto maior depósito comprovado do mundo de petróleo bruto, e as segundas maiores jazidas de gás natural do planeta. Ele partilha um enorme campo offshore no Golfo Pérsico com o Qatar. O novo campo petrolífero poderá tornar-se o segundo maior campo do Irã – o maior, com 65 biliões de barris, fica em Ahvaz. O campo é de 2.400 quilômetros quadrados, com o depósito a cerca de 80 metros de profundidade. De acordo com cálculos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), cerca de 100 milhões de barris de petróleo são necessários em todo o mundo por dia. Um barril, a medida padrão da indústria, contém 159 litros de petróleo. O cartel do petróleo estima que a demanda aumentará em cerca de 12% até 2040. Desde que os EUA se retiraram do acordo nuclear de 2015, os outros países envolvidos - Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China - têm lutado para salvá-lo. Mas eles ainda não conseguiram oferecer meios para que o Irã venda seu petróleo no exterior.

Lucro da Alpargatas cai 45,2% no terceiro trimestre


A Alpargatas, dona de marcas como Havaianas, Osklen e Mizuno, registrou no terceiro trimestre um lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 66,3 milhões, o que representa uma queda de 45,2% em comparação com o mesmo período de 2018. Já o lucro líquido consolidado da companhia atingiu R$ 58,5 milhões, com queda de 51,2% na mesma base de comparação. A receita líquida da Alpargatas cresceu 11,4% de julho a setembro, para R$ 1,04 bilhão. As vendas no Brasil cresceram 10,9%, para R$ 741,6 milhões. De acordo com a companhia, todos os negócios cresceram dois dígitos no período. No Brasil, as vendas de Havaianas diretamente ao consumidor cresceram 10% e as vendas da Osklen diretas ao consumidor aumentaram 13%. As vendas de sandálias no mercado internacional avançaram 10,4%, para R$ 162,1 milhões. As vendas na Argentina, por sua vez, cresceram 15,5%, para R$ 133,2 milhões. As despesas com vendas cresceram 1,7%, para R$ 288,7 milhões. As despesas gerais e administrativas somaram R$ 54,3 milhões, com aumento de 2,2%. Os gastos com honorários dos administradores aumentaram 174,1% para R$ 5,5 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu R$ 150,3 milhões, queda de 34,6%. A Alpargatas registrou, no terceiro trimestre deste ano, uma perda de R$ 5,2 milhões, relacionada a despesas com mudança de sede, consultorias e fechamento de lojas Meggashop (outlet da Alpargatas) e do centro de distribuição de Mogi Mirim, vendas de ativos e ajustes de hiperinflação na Argentina e mudanças relacionadas à adoção da norma contábil IFRS 16. No mesmo intervalo do ano passado, a Alpargatas registrou um ganho não recorrente de R$ 115,7 milhões. Excluindo esses efeitos, o Ebitda da companhia no terceiro trimestre de 2019 atingiu R$ 155,5 milhões, com aumento de 36,3% em relação ao mesmo intervalo de 2018. O lucro líquido recorrente, excluindo esses efeitos, atingiu R$ 59,7 milhões, ante um prejuízo de R$ 5,8 milhões no mesmo período de 2018. No terceiro trimestre, a companhia abriu um novo centro de distribuição dedicado à venda multicanal, em Extrema (MG). A unidade faz parte do plano de integrar as lojas físicas da Havaianas — seu maior negócio — com o comércio eletrônico.

Número de investidores na Bolsa tem alta anual de 95% em outubro e passa de 1,5 milhão


O número de investidores pessoas físicas ativos na B3 chegou a 1,536 milhão em outubro, com alta de 95,0% no ano e de 6,5% no mês. No final de 2018, eram 813 mil. O total de empresas listadas ficou em 391, com baixa de 3,2% e alta de 0,5% na mesma base de comparação. O volume financeiro médio diário negociado na B3 no segmento de ações, que contempla o mercado à vista e derivativos sobre ações, caiu 2,3% em outubro ante o mesmo mês de 2018, para R$ 16,614 bilhões. Na comparação com setembro, houve alta de 0,8%. A capitalização de mercado média das empresas com ações negociadas na bolsa atingiu R$ 4,239 trilhões, 24,0% maior do que no mesmo mês do ano passado e 0,8% acima do nível de setembro. Recentemente, a B3 alterou a nomenclatura da segmentação das áreas de negócios da companhia, excluindo, por exemplo, o uso do termo “Cetip” em algumas delas. O segmento de juros, moedas e mercadorias (antiga BM&F) teve um volume médio diário de 4,455 milhões de contratos em outubro, o que representa alta anual de 35,9% e avanço mensal de 21,2%. A receita por contrato médio ficou em R$ 1,476, com queda de 15,9% no ano e baixa de 1,1% no mês. No segmento de infraestrutura para financiamentos (antigo Cetip UFIN), o número de registro de veículos financiados atingiu 569,463 mil unidades, alta de 14,9% no ano e avanço de 12,0% no mês. O segmento de balcão (antigo Cetip UTVM) teve um estoque de R$ 2,728 trilhões na renda fixa, alta de 5,9% no ano e queda de 1,3% no mês. Nos derivativos, o estoque alcançou R$ 2,790 trilhões, alta de 9,7% e avanço de 1,4% na mesma base de comparação.