sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Novos empreendedores usam tecnologia para acelerar negócios


As startups, ou empresas nascentes, estão ganhando força no Brasil e buscam tecnologia da informação e comunicação (TIC) de baixo custo para serem eficientes e atrair investidores. Levantamento da Serasa Experian revela que foram abertos no primeiro semestre de 2014 um total de 944.678 novas empresas no País, com aumento de 4,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Muitos desses negócios, que exploram os mais variados segmentos da economia, são erguidos para operar no mundo digital, com escritórios virtuais que possam funcionar em qualquer lugar, sem restrição de horário. Segundo pesquisa da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), a nova geração de empresários inspira-se no modelo de empreendedores do Vale do Silício, na Califórnia (Estados Unidos), a meca dos negócios de TI. "Lá a cultura do empreendedor é de que basta ter acesso à internet e um local onde possam ficar seus dados e aplicações para começar a trabalhar. Esse modelo tem sido bastante disseminado no Brasil, principalmente por conta dos serviços novos de cloud computing [computação em nuvem]", diz Almir Meira Alves, professor e coordenador dos cursos de Engenharia da Computação e Engenharia de Produção 2.0 da Fiap. “As tecnologias atuais facilitam a gestão desses negócios, com comunicação para trabalho colaborativo, sem barreira física com suas equipes”, acrescenta Renato Fonseca, gerente da Unidade de Desenvolvimento e Inovação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em São Paulo (Sebrae-SP). Ele explica que as empresas conectadas contam com tecnologias que fortalecem o relacionamento com os clientes e disciplinam a gestão dos negócios

Novas tecnologias facilitam trabalho remoto nas empresas


Um paulistano gasta, em média, 2 horas e 46 minutos por dia no trânsito, de acordo com pesquisa divulgada pela ONG Nossa São Paulo. A rotina de trânsito e estresse se repete nas principais metrópoles brasileiras e tem estimulado empresas a aderirem ao trabalho remoto. Esse modelo permite que os executivos exerçam suas atividades de casa ou onde quer que estejam apoiados pelas novas tecnologias de comunicação colaborativa. O trabalho remoto é uma tendência global e começa a despertar mais interesse de empresas do Brasil. Relatório da consultoria Top Employers Institute com 20 companhias locais, que são referências nas melhores práticas em Recursos Humanos, apontou que 15% instituíram em 2014 o home office. Esse índice é mais que o dobro dos 6% reportados em 2013. Hoje há uma variedade de tecnologias para equipar o escritório virtual do trabalhador remoto, que vão dos dispositivos móveis com banda larga até os sistemas de telepresença para reuniões à distância. A Faculdade de Tecnologia Bandeirantes (BandTec), considera que a tendência do trabalho remoto está se fortalecendo com a computação em nuvem e com o conceito de PC virtual. Com essas tecnologias, as companhias podem transformar os computadores dos funcionários em desktop virtual, permitindo acesso de casa ou de onde estiverem, a seus e-mails e aplicativos. De acordo com Sandro Melo, coordenador do curso de redes de Computadores da BanTec, a vantagem é que as empresas centralizam os recursos de tecnologia da informação (TI) em um ambiente virtual, o que facilita na hora de atualizar as novas versões de software, realizar backups e fazer a manutenção dos sistemas. “É uma mudança que traz redução de custos operacionais”, analisa o professor.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Gestão da Qualidade Total


A Gestão da Qualidade Total, em inglês "Total Quality Management - TQM", consiste numa estratégia de administração orientada a criar consciência da qualidade em todos os processos organizacionais. É referida como "total", uma vez que o seu objetivo é a implicação não apenas de todos os escalões de uma organização, mas também da organização estendida, ou seja, seus fornecedores, distribuidores e demais parceiros de negócios. Compõe-se de diversos estágios, como por exemplo, o planejamento, a organização, o controle e a liderança. Um desenvolvimento posterior do conceito é o Seis Sigma. O conceito do TQM foi sendo desenvolvido por numerosos consultores empresariais norte-americanos tais como W. Edwards Deming, Joseph M. Juran e Armand V. Feigenbaum. Em 1961, Feigenbaum definia o TQC como um sistema eficaz que integra o desenvolvimento da qualidade, a manutenção da qualidade e os esforços de melhoria da qualidade entre os diferentes setores da empresa, com o objetivo de criar produtos/serviços com o máximo de economia e a plena satisfação dos consumidores. Mas foi no Japão (onde Deming e Juran trabalharam após a Segunda Guerra Mundial) que a Qualidade Total tomou o formato que influenciou os empresários do mundo todo. Shigeru Mizuno publicou o livro Company-Wide Total Quality Control, publicado pela Asian Productivity Organization em 1988, que teve milhares de edições vendidas no mundo todo. A Toyota, no Japão, foi a primeira organização a empregar o conceito de "TQM" (ver Toyotismo), superando a etapa do fordismo, onde esta responsabilidade era limitada apenas ao nível da gestão. No "TQM" os colaboradores da organização possuem uma gama mais ampla de atribuições, cada um sendo diretamente responsável pela consecução dos objetivos da organização. Desse modo, a comunicação organizacional, em todos os níveis, torna-se uma peça-chave da dinâmica da organização. Masao Namoto entrou na Toyota em 1943 e foi nomeado presidente da Toyoda Gosei (Conglomerado Toyota) em 1982. Em 1985 a empresa ganhou o Prêmio Deming (prêmio japonês) de gestão de qualidade. Em 1987, Nemoto teve dois livros publicados em inglês com o título Total Quality Control for Management - Strategies and Techniques from Toyota and Toyoda Gosei. Nemoto combinara o sistema de produção da Toyota (com o sistema Kanban e o just-in-time), os conceitos de qualidade e sua filosofia gerencial que resume em dez princípios. Tem sido amplamente utilizada, na atualidade, por organizações públicas e privadas, de qualquer porte, em materiais, produtos, processos ou serviços. 

A conscientização e a busca da qualidade e do reconhecimento da sua importância, tornou a certificação dos sistemas de gerenciamento da qualidade indispensável uma vez que: 
- Aumenta a satisfação e a confiança dos clientes; 
- Aumenta a produtividade; 
- Reduz os custos internos; 
- Melhora a imagem e os processos de modo contínuo; 
- Possibilita acesso mais fácil a novos mercados. 

A certificação permite avaliar as conformidades determinadas pela organização através de processos internos, garantindo ao cliente um material, processo, produto ou serviço concebido conforme padrões, procedimentos e normas. Uma organização que se propõe a implementar uma política de gestão voltada para a "qualidade total" tem consciência de que a sua trajetória deve ser reavaliada periodicamente. O objetivo último das organizações humanas é assegurar a sobrevivência da espécie. Por analogia, a finalidade última de qualquer organização, nomeadamente de uma do tipo empresarial é sobreviver. A condição “sine qua non” para que uma empresa possa executar os objetivos pretendidos pelos seus proprietários, administradores ou acionistas é que ela exista, que esteja viva. Caso esta condição não se verifique, nenhum dos objetivos pode ser perseguido, muito menos alcançado. A gestão da qualidade aponta para a preferência do consumidor, o que aumenta a produtividade, levando a uma maior competitividade e assegurando a sobrevivência das empresas. Podemos definir qualidade de inúmeras formas. Podemos considerar que é um atributo essencial e diferenciador de alguma coisa ou de alguém, como uma medida de valor ou excelência, como a adequação ao uso, tal como J.M.Muran a definiu, como “conformidade com as situações, nas palavras de P.B.Crosby, ou ainda, usando as palavras de Vicente Falconi, “um produto ou serviço com qualidade é aquele que atende sempre perfeitamente e de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”. 

Os princípios básicos da qualidade total são: 
- Produzir bens ou serviços que respondam concretamente às necessidades dos clientes; 
- Garantir a sobrevivência da empresa por meio de um lucro continuo obtido com o domínio da qualidade; 
- Identificar o problema mais crítico e solucioná-lo pela mais elevada prioridade (Pareto); 
- Falar, raciocinar e decidir com dados e com base em factos; 
- Administrar a empresa ao longo do processo e não por resultados; 
- Reduzir metodicamente as dispersões por meio do isolamento das causas fundamentais; 
- O cliente é Rei. Não se permitir servi-lo se não com produtos de qualidade; 
- A prevenção deve ser a tão montante quanto possível; 
Na lógica anglo-saxônica de “trial and error”, nunca permitir que um problema se repita.

A lógica para que as empresas se possam desenvolver de acordo com estes pressupostos é a lógica do PDCA (Plan; Do; Check; Act to correct)

domingo, 23 de novembro de 2014

Inadimplência: 5 passos essenciais para receber dentro do prazo


Uma das maiores dores de cabeça na gestão financeira de uma empresa é a dificuldade para receber dos clientes no prazo correto. Se eles atrasam, o fluxo de caixa fica comprometido e pode até faltar dinheiro para pagar as contas. Quando a relação é informal, situação comum para quem presta serviços, fica ainda mais difícil lidar com as contas a receber. Se a relação comercial não está clara, perdem-se prazos, valores e a credibilidade entre as partes. Por isso, separamos 5 passos essenciais para evitar a inadimplência e receber dos seus clientes dentro do prazo correto. 

1) Seja transparente: Deixe claro para o seu cliente as condições da negociação: o valor total cobrado, as formas e os prazos de pagamento, se é a vista ou parcelado e, especialmente, as consequências caso o seu cliente não pague na data correta. Elas podem ser multas, juros ou mesmo a interrupção do serviço, por exemplo. 

2) Lembre o seu cliente de pagar: Muitos clientes simplesmente esquecem a data de pagamento. Entre em contato com seu cliente pelo menos um dia antes do vencimento para lembrá-lo do compromisso que foi assumido. Neste momento, mantenha o tom amigável e vá direto ao ponto. 

3) Facilite o pagamento: Ofereça diferentes formas de pagamento para o seu cliente. Prefira receber com cartões de crédito ou débito, se possível. Apesar de você pagar uma taxa por isso, a operadora do cartão garantirá o recebimento do dinheiro. Se você não tem acesso a uma máquina de cartão você pode usar um sistema de pagamento online, como o PayPal, Moip ou PagSeguro. Tome cuidado com pagamentos em cheque. Na hora de descontá-los, pode descobrir que a conta do cliente não tem fundos, o que aumenta as suas chances de não receber o dinheiro. Outra opção é contratar uma carteira de cobrança em seu banco e emitir boletos, uma forma prática de receber pagamentos. 

4) Conheça o histórico: Mantenha um controle de vendas atualizado para analisar o histórico de clientes e identificar aqueles que oferecem maior risco de não te pagar. Se um cliente costuma pagar com atraso, é muito provável que irá atrasar novamente. Mesmo que você decida fazer uma venda para um cliente com histórico problemático, tente oferecer condições de pagamento menos flexíveis. Vale também consultar o CPF ou CNPJ do cliente em órgãos como o SPC ou Serasa, o que pode te dar proteção extra. 

5) Preste atenção na sazonalidade: Existem épocas do ano nas quais seus clientes podem estar com as contas mais apertadas. Os três primeiros meses do ano são os que apresentam um maior índice de inadimplência. Portanto, fique atento e evite oferecer crédito facilitado nesta época. Você pode também identificar diferentes sazonalidades no seu negócio por meio do seu controle de vendas, analisando os meses em que teve mais dificuldade em receber. Lembre-se: prevenir é melhor do que remediar. Aplicando essas dicas, você aumenta a chance de alavancar os seus negócios. Afinal, não há nada melhor do receber dos seus clientes em dia!